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O MTST inaugura o setembro de lutas com uma ocupação em São Bernardo

MTST inaugura o setembro de lutas com uma ocupação em São Bernardo
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Cerca de 500 famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, ocuparam a pouco um terreno de 60 mil m² no centro de São Bernado do Campo, na rua João Augusto de Souza, em frente a fábrica da Scania.

O terreno nunca recebeu qualquer uso, além da cruel especulação imobiliária e desrespeito a função social da propriedade — como determina a Constituição de 1988.

A importância dessa ocupação para o município é grande uma vez que o deficit habitacional em São Bernardo do Campo é de 90 mil famílias sem casa, o maior do Grande ABC, que acumula mais 230 mil famílias sem teto.

A ocupação foi feita por quinhentas famílias que buscam, na força da luta, garantir o direito constitucional e humano de ter uma casa. A legitimidade da ocupação se garante pelo simples fato de que o uso do terreno foi sempre a especulação imobiliária.

Essa ocupação acontece num momento de aprofundamento da crise econômica do país, onde os frutos podres que nascem desse governo já geraram 14 milhões de desempregados e o aumento da pobreza. A população pobre e trabalhadora que vive de aluguel, viu suas condições de vida piorarem mais ainda, não lhes restando outra alternativa que ocupar e montar seu barraco de lona para lutar por sua moradia.

AMEAÇA DE AÇÃO ILEGAL DA GCM EM SÃO BERNARDO

(Atualizado em 05/09, às 15h09)

O MTST recebeu a informação de que a Prefeitura de São Bernardo do Campo pretende realizar uma ação ilegal da GCM com o objetivo de despejar a ocupação do MTST, que ocupa terreno próximo a Scania desde a semana passada.

São centenas de famílias no local e o processo de reintegração corre na Justiça. A área é particular, pertencente a uma construtora, o que torna inteiramente ilegal qualquer intervenção da Guarda Municipal.

Se a GCM pretender entrar no terreno encontrará resistência dos trabalhadores sem-teto. Qualquer conflito será de responsabilidade da Prefeitura de São Bernardo.

Além disso, em caso desta tentativa, ficará a questão de qual a relação da Prefeitura com a construtora dona do terreno, a ponto de utilizar aparato público para defender o interesse privado desta.

MTST, a luta é pra valer!

Fonte: MTST


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