O que aconteceu no Paraná é inaceitável! Às vésperas do 1º de maio, um verdadeiro massacre contra professores, acompanhado pelo governador Beto Richa (PSDB), que assistia e torcia do alto de seu gabinete, como mostram vídeos nas redes sociais.
Está claro. Este é o método para impor o arrocho comandado pelo governo Dilma e aplicado a ferro e fogo pelos governos estaduais e municipais. Impedem o povo de ocupar “A Casa do Povo” e cortam direitos dos trabalhadores para garantir o pagamento da dívida pública. Ou seja, ataca os pequenos e garante lucros fabulosos para os ricos. Tudo isso com a garantia dos maiores juros do mundo, que passaram a 13,25%. Um escândalo!
Assim foi a votação na Câmara do Projeto de Lei 4330/04, que amplia as terceirizações, precarizando o trabalho. PL, este, condenado, inclusive, pelos Ministros do TST (Tribunal Superior do Trabalho). As Medidas Provisórias 664 e 665 atacam entre outros direitos, o seguro desemprego, justo quando as demissões aumentam em todo o país. Além da privatização de patrimônio público construído com nosso dinheiro, como aeroportos, portos e poços de petróleo.
Em todo o mundo há uma luta contra o ataque a um patamar civilizatório que nós trabalhadores conquistamos nos últimos dois séculos. Com muita mobilização, perda de vidas, feridos, prisões, exílios e repressão.
Se compararmos nossa luta com uma corrida de revezamento, nossa geração está passando um bastão de direitos pela metade para a juventude que entra no mercado de trabalho. São ataques à previdência, aumento de horas de trabalho, terceirizações, acidentes de trabalho, sucateamento dos serviços públicos, adoecimento dos trabalhadores, trabalho escravo e muitas coisas mais.
Mas isso não está ficando sem respostas. A juventude tem ido às ruas nas principais capitais do mundo. O povo grego tem reagido à altura fazendo Auditoria da Dívida Pública e dizendo que o povo não vai pagar esta conta. Aqui não é diferente. As mobilizações de 2013, a greve dos professores do Paraná e de outros cinco estados reflete o que disse uma jovem do Grêmio da Escola Júlio de Castilhos, em Porto Alegre: em uma manifestação ”Lutamos porque não queremos ser uma geração terceirizada!”
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*Bernadete Menezes – Secretária de Defesa do Serviço Público da Intersindical e Coordenadora da ASSUFRGS (Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
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