Todos os anos o 8 de março marca lutas e atos fundamentais não apenas para a vida das mulheres mas, também, para a resistência e conquista dos direitos de toda classe trabalhadora. Em período recente lutamos contra o golpe midiático-jurídico, contra as “reformas” trabalhista e previdenciária, além de estarmos nas ruas contra o congelamento por vinte anos dos gastos em saúde, educação e transporte. Ou seja, estamos e estivemos atuantes no combate diário em busca da garantia de direitos sociais historicamente conquistados, bem como na luta incansável contra uma elite privilegiada que concentra a riqueza de mais de 100 milhões de brasileiras e brasileiros. Esta é a causa por sermos um dos países mais desiguais do mundo, no qual poucos têm muita riqueza e muitos tem pouco.
Compreender que a luta feminista não é específica e isolada, mas parte estruturante da atual condição de nosso desenvolvimento capitalista é essencial para avançarmos na construção de uma sociedade que supere todas as formas de dominação e exploração. Nossa luta é a luta de todos e todas. No mínimo 13 brasileiras morrem todos os dias por feminicídio e outras 135 são estupradas, além disso, estamos suscetíveis a tantos outros tipos de violência que são naturalizadas em atos da nossa vida cotidiana, seja no trabalho, na escola, na igreja, na militância, etc. Não podemos e não vamos deixar de pautar essas questões em todos os espaços que atuamos. Por tudo isso, desde as origens do dia Internacional das Mulheres, o oito de março serve a luta da vida das mulheres e contra tudo que nos limita, nos explora, nos domina e nos violenta.
Defendemos um feminismo que se reivindica negro, indígena, classista, buscando com isso a transformação radical da sociedade, com o fim das classes sociais, do racismo e do patriarcado. Por isso, rememoramos as revolucionárias na Rússia que deram origem ao 8 de março. Reivindicamos também nossas ancestrais negras, indígenas, ribeirinhas, quilombolas que com muita força resistiram e resistem à sociedade patriarcal e desigual.
Seguimos na luta contra o tripé de dominação-exploração das mulheres no Brasil e no mundo: violência, trabalho e sexualidade. Estes são os motivos pelos quais, nos mais diversos cantos do mundo, as mulheres trabalhadoras se mobilizam para o 8 de Março de 2018, dando passos fundamentais para a igualdade, o respeito e à garantia de vida digna para todas as mulheres.
– Por emprego digno e contra a discriminação no trabalho. Salário igual para trabalho igual.
– Contra os retrocessos da terceirização e da reforma trabalhista que vitimizam em especial as mulheres negras.
– Em defesa da aposentadoria, não à reforma da previdência.
– Seguridade social e políticas públicas de atendimento, principalmente para as mulheres negras, indígenas eimigrantes.
Revogação de todos os retrocessos impostos pelo golpe.
– Moradia digna, saúde e educação pública para todas. Em defesa do serviço público.
– Revogação da Emenda Constitucional 95, que congela investimentos nas áreas sociais.
– Contra o machismo e todos os tipos de violência contra as mulheres, que mata diariamente pelo simples fato de sermos mulheres. Basta de feminicídio e de cultura do estupro – a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil. Basta! #NenhumaAmenos
– Por um Estado laico! Em defesa da saúde e do direito da mulher decidir sobre sua vida e seu próprio corpo. Aborto seguro, gratuito e legal já!
Confira também os vídeos que as mulheres estão produzindo neste Dia Internacional de Luta das Mulheres:
Anjuli Tostes, Auditora Federal da CGU e militante da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Brigadas Populares
Aldenir Dida Dias, professora, doutora em ciências sociais e militante do coletivo feminista Maria Vai com as Outras – Santos.
Audelza Santana, professora da rede pública municipal de Cotia e da rede estadual de São Paulo. Conselheira da Apeoesp Cotia.
Ana Barreto, professora das redes estadual de SP e municipal de Cotia. Conselheira da Apoesp Cotia.
Poliana Fé, litoral sul de São Paulo, professora, dirigente Apeoesp.
Cyntia Falcão, professora de Teresina (PI) e militante da Intersindical.
Lindalva Firme, militante do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo e da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Laura Cymbalista, Professora da rede municipal de SP, Diretora do SINPEEM, eleita pela unidade da oposição.
Vanessa Gravino, professora da rede pública estadual, diretora da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e integrante do coletivo de mulheres da Intersindical.
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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