Não houve acordo entre estudantes e representantes do governo do Estado de São Paulo, da Defensoria Pública e do Ministério Público, para discutir os desdobramentos do pedido de reintegração de posse do Centro Paula Souza, na reunião marcada para a tarde de quarta-feira (4). A audiência teria continuidade nesta quinta-feira (5), mas foi adiada.
No último domingo (1º), o juiz Fernão Borba Franco, da 14ª Vara de Fazenda Pública, concedeu liminar de reintegração de posse do edifício, localizado no bairro da Luz, região central da capital paulista.
Diante dessa medida, policiais militares (PMs) entraram no prédio, no dia seguinte, a título de garantir que os funcionários pudessem retomar os seus trabalhas. Como os alunos ainda não tinham recebido a ordem oficial de retirada, o juiz Luis Manuel Fonseca Pires considerou ilegal a presença dos PMs no local.
Em seu despacho, o juiz Pires também deu prazo de 72 horas para que o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, desse explicações para a ação policial e determinou a imediata suspensão de qualquer ato por parte da Segurança Pública do Estado com o objetivo de ingressar no imóvel.
Segundo o comando dos manifestantes, estão ocupadas seis escolas técnicas (Etecs) e uma escola estadual.
O ensino técnico do estado abrange 219 Etecs e 66 faculdades de tecnologia, com um total de 285 mil alunos, a maioria sem alimentação enquanto a Assembleia Legislativa do Estado de SP resiste em abrir a CPI da Merenda para investigar suspeitas de fraude e superfaturamento levantadas pela Operação Alba Branca.
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