Os trabalhadores e trabalhadoras dos bancos chegam ao 15º dia de greve enfrentando a intransigência do setor mais lucrativo da economia nacional.
Apesar de tantos lucros explorando a população, seus funcionários e os recursos do tesouro nacional – através do recebimento das taxas de juros que remuneram os títulos da dívida pública – os bancos apresentaram uma proposta 2,39% inferior à inflação do período. A categoria reivindica 14,78%, referentes à inflação mais 5% de aumento real.
A greve da categoria já é uma das maiores do ultimo período. Nesta segunda-feira, 19, mais de 13 mil agencias e postos de trabalho foram paralisados, número que representa 56% do total de agências em todo o país.
A categoria têm todas as razões para cruzar os braços e exigir um processo de negociação sério, com atendimento de suas reivindicações. Além de reivindicar melhores salários e condições de trabalho, os bancários e bancárias aproveitam sua greve para rechaçar os projetos do governo Temer e da maioria do congresso que atacam direitos e o papel social do Estado, como a reforma da previdência, o PLC 30 da terceirização, a reforma trabalhista que acaba com os direitos garantidos pela CLT, as privatizações e a entrega do pré-sal.
Além de defender o reajuste salarial e os direitos da classe trabalhadora, a categoria bancária denuncia os lucros, as altas tarifas cobradas dos clientes e as maiores taxas de juros do mundo. Basta observar as taxas que os bancos cobram da população, levando as pessoas a um endividamento sem precedentes em qualquer lugar do mundo:
Taxas de juros ao ano, cobradas no rotativo do cartão de crédito, segundo o Banco Central:
– Caixa Federal: 434,76% ao ano
– Banco do Brasil: 451,93%
-Bradesco: 559,96%
– Santander: 570,48%
– Itaú Unibanco: 631,95%
Joao Pereira disse:
Fiquem firmes, Mantenham posição.