Três pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por manter ao menos dez trabalhadores em condições análogas às de escravo em uma carvoaria na cidade de Pirajuí, no interior de São Paulo.
Tadeu Estanislau Bannwart, Daniel Antonio Cinto sócios em negócio de exploração de madeira, foram condenados a cinco anos e dez meses de prisão em regime semiaberto. Já Maria Helena Cinto, que esteve à frente da empreitada por dois meses, foi condenada a pouco mais de três anos, mas teve sua pena convertida em prestação de serviços comunitários pelo mesmo período.
Os crimes aconteceram entre janeiro de 2007 a junho de 2008. As vítimas eram submetidas a condições degradantes e jornadas exaustivas de trabalho, além de não receberem salário. Além disso, segundo apurou a fiscalização do Ministério do Trabalho e do MPT, os alojamentos não possuíam camas, chuveiros, água potável e nem espaços para as necessidades fisiológicas dos trabalhadores, o que era feito a céu aberto.
A alimentação e os mantimentos fornecidos eram cobrados dos trabalhadores, além dos equipamentos de trabalho, fazendo com que trabalhassem sem receber salário.
“Infelizmente, o trabalho escravo persiste em nosso país, revelando o caráter das elites empresariais brasileiras. É hora de o povo brasileiro se levantar contra essa canalha, que só pensa em aumentar seus lucros e fortunas, ainda que seja em detrimento da dignidade humana”, alerta Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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