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Quarentena Geral já. Em defesa da vida, do emprego e renda Fora Bolsonaro. Eleições presidenciais

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A Direção Nacional da Intersindical, reunida de forma virtual no dia 25/03, alerta suas bases, a classe trabalhadora e as organizações populares a intensificarem a pressão para a necessária quarentena geral a fim de conter a propagação do coronavírus. Para que isso possa ocorrer, é fundamental que haja, imediatamente, renda para toda a população, como para as pessoas que estão no desemprego, no trabalho informal ou outras situações vulneráveis, como aqueles que vivem em situação de rua. Já as trabalhadoras e trabalhadores das atividades essenciais devem ter sua integridade preservada, com condições de trabalho decentes, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que não extrapolem jornadas, com todas as medidas de valorização e proteção, inclusive de suas famílias. A dotação do SUS de todos os meios para enfrentar a pandemia, como leitos de UTI, respiradores, hospitais de campanha, entre outros, é fundamental, além de o poder público centralizar toda a estrutura da saúde privada junto ao SUS para impedir que a a crise sanitária ganhe contornos de uma tragédia.

Rechaçamos a Medida Provisória 927 que joga nas costas da classe trabalhadora os ônus da crise sanitária e econômica. Diversos países têm demonstrado que é possível atender pequenas e médias empresas sem reduzir salários e direitos, como estabelece a MP da Morte de Bolsonaro. Países como França e Espanha estão nacionalizando grandes empresas, ao contrário de Bolsonaro que corta salários de trabalhadores e socorre com bilhões, grandes grupos econômicos. Por outro lado, ao invés de instituir imposto sobre grandes fortunas, grandes lucros e dividendos, que incidiria sobre uma pequena parcela – todos os bilionários – Bolsonaro e o congresso Nacional querem cortar o salário de servidores públicos, como professores e outros que estão longe dos super salários de desembargadores e ministros.

É urgente a união de esforços da União, Estados e Municípios para que toda a população tenha renda e meios para atravessar a pandemia e garantir a dignidade diante dessa grave crise social, econômica e política. Além de renda básica, é fundamental a moratória dos aluguéis, conta de água, luz, telefone. Por outro lado, a agricultura familiar e os trabalhadores do campo, que é quem produz os alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, precisam de politicas públicas que atendam suas necessidades, como um Plano safra emergencial, para garantir a produção de alimentos necessária para enfrentar a pandemia e a crise.

As ações de Bolsonaro demonstram, cabalmente, que ele não reúne nenhuma condição de seguir na Presidência da República. Por isso, todos os setores populares e democráticos do nosso país devem levantar alto a bandeira do FORA BOLSONARO, apontando a realização de novas eleições presidenciais. Não podemos permitir que um genocida coloque em risco a vida do nosso povo, nem siga desmontando o Estado e os direitos da classe trabalhadora. Por isso, apoiamos todas iniciativas para derrotar esse governo lambe BOTAS de Trump. Sabemos que a crise econômica e política já estava instalada em nosso país, fruto de golpes e das políticas de cortes que imperam desde 2015. A crise jogou por terra os dogmas neoliberais de austericídio, mas governos e Estados agem para salvar grandes empresas, privatizando lucros e socializando prejuízos. Para a Intersindical, é o momento de apontar saídas para além do capitalismo neoliberal que tantas mazelas têm produzido.

Apoiamos as medidas emergenciais apresentadas pelas centrais sindicais, como o estabelecimento de um fundo para atender necessidades da classe trabalhadora, e estamos juntamente com a Frente Povo Sem Medo e Brasil Popular e outras organizações, como os partidos políticos da oposição de esquerda ao governo, construindo um programa unitário de enfrentamento à crise, como o fim da Emenda 95, a taxação das grandes fortunas, o fortalecimento do serviço público, como o SUS e a educação pública e o fim das reformas neoliberais, a defesa da democracia e da soberania nacional. Fora Bolsonaro.

Direção Nacional da Intersindical – 27/03/2020

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