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Quinta semana de greve começa com recorde de agências fechadas no Espírito Santo

Imagem: Comunicação da Intersindical
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São 359 agências paradas em todo Estado. Número de dias paralisados supera a marca alcançada em 2004, de 28 dias. Bancários ampliam a mobilização nesta semana para garantir conquistas.

A quinta semana da greve dos bancários começou nesta segunda-feira (3) com 359 agências fechadas no Espírito Santo, o número representa 80% da totalidade de agências bancárias do estado e marca um recorde histórico. São 28 dias de greve, número que supera a marca história do movimento paredista de 2004. A greve persiste após a rodada de negociação da última semana devido a insatisfação da categoria com a proposta apresentada pela Fenaban. Na noite de hoje, os bancários se reúnem em plenária no Centro Sindical para formular estratégias para ampliar a mobilização local da greve.

Mapa da grave

No Espírito Santo, das 359 agências fechadas, 191 são da Grande Vitória, sendo 40 da Caixa, 43 do Banco do Brasil, 56 do Banestes, 14 do Santander, 15 do Bradesco, 16 do Itaú, 5 do HSBC e 1 do Safra. Também estão paralisados os prédios do CPD Banestes, Bandes e Banco do Brasil Pio XII, além de três departamentos da Caixa e a Superintendência do BB.No Interior são 168 agências fechadas: 45 da Caixa, 51 do Banestes, 57 do Banco do Brasil, 3 do BNB e 11 de bancos privados.

O último dado nacional compilado pela Contraf foi divulgado na sexta-feira (30) revela a abrangência do movimento nacional bancário. Na sexta, eram 13.358 agências paralisadas em todo Brasil, o que corresponde 57% do total e 34 centros administrativos.

“Os recordes desta greve mostram o tamanho da intransigência dos bancos. Mesmo com lucros recordes conquistados no último ano, os bancos negam-se a apresentar propostas para garantir melhores condições de trabalho e reposição salarial aos bancários. Vamos continuar mobilizando a categoria para ampliar a paralisação nos próximos dias até que as nossas reivindicações sejam atendidas”, informa Idelmar Casagrande, diretor do Sindibancários/ES.

Fenaban não avança nas propostas

Na última sexta-feira, 30, 357 agências foram fechadas em todo o Estado. Com total desrespeito aos empregados, a Fenaban manteve uma proposta com índice rebaixado, de 7% para salários e demais verbas em 2016, com abono de R$ 3,5 mil, além de índice composto de inflação (INPC) mais 0,5% para 2017, em modelo válido por dois anos. Além de não garantir melhores condições de trabalho, a proposta impõe severas perdas salariais para os bancários. O Comando Nacional rejeitou ainda na mesa de negociação.

Plenária é organizativa

A Plenária desta segunda é organizativa. No encontro que acontecerá no Centro Sindical Bancário às 17h, os bancários vão articulas estratégias para ampliar o movimento paredista para alcançar a totalidade de agências existentes no Estado.

“Contamos com a participação de todos os bancários e bancárias capixabas nesta plenária. Vamos avaliar o movimento grevista e definir novas estratégias. Não podemos nos curvar à pressão dos bancos, que mesmo com altos lucros querem impor reajuste abaixo da inflação e manter as péssimas condições de trabalho, com metas e assédios moral, que adoecem a categoria. A nossa vitória depende da união e mobilização de todos bancários, de bancos públicos e privados. Vamos, juntos, mostrar a força da categoria”, convida o coordenador geral do Sindibancários/ES, Jonas Freire.

Pressione os bancos

Os bancários estão cobrando novas negociações com avanços reais para a categoria, e a greve é o único instrumento para pressionar os bancos, que só se preocupam com seus lucros. Se você quer que o atendimento seja retomado o mais rápido possível, ajude a pressionar as instituições financeiras. Ligue para os número de Serviço de Atendimento ao Cliente e para a Fenaban e cobre negociação real.

Os clientes também são prejudicados pelos bancos, pagando altas tarifas e juros, muitas vezes sem a qualidade merecida no atendimento. De julho a agosto, a taxa de juros do cheque especial bateu novo recorde, chegando a 321,1% ao ano, segundo pesquisa do Banco Central. Os juros do cartão de crédito também não param de subir. Em agosto, na comparação com o mês anterior, houve alta de 3,5 pontos percentuais, com a taxa em 475,2% ao ano. Neste ano, essa taxa já subiu 43,8 pontos percentuais. Ou seja, os bancos exploram a população, assim como exploram a categoria. Tudo para aumentar os seus lucros, que chegaram a R$ 29,7 bilhões só no primeiro semestre.

FENABAN – 0800 772 8050

PROTESTE: 0800 201 3900

BANCO CENTRAL: 145

SAC SANTANDER: 0800 762 7777

SAC BANCO DO BRASIL: 0800 729 0722

SAC CAIXA: 0800 726 0101

SAC ITAÚ: 0800 728 0728

SAC BRADESCO: 0800 704 8383

SAC BANESTES 0800 727 0474

SAC BNB 0800 728 3030

Principais reivindicações dos bancários:

  • Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real;
  • PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
  • Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
  • Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
  • Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;
  • 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;
  • Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;
  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
  • Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
  • Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

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