A decisão de fundar a Intersindical Central da Classe Trabalhadora em 2014 foi um acerto político. Com essa decisão, estamos construindo uma via para fazer o caminho inverso ao da dispersão que marca o período de fragmentação aberto no início dos anos 2000. Num momento de profunda crise econômica, política e social pelo qual passa o Brasil, nossa Central tem sido um instrumento a serviço do combate à ofensiva do grande capital e da direita, bem como das políticas dos governos, do parlamento e das instituições dominadas pelo grande capital.
O 1º Congresso reafirma as concepções e práticas que aprovamos no congresso de fundação da Central, como o classismo, a democracia, o internacionalismo, a democracia e a unidade de ação, a autonomia e independência em relação aos patrões, ao Estado, governos, partidos políticos e credos religiosos, a defesa da liberdade e autonomia de organização da classe trabalhadora e a defesa dos interesses imediatos articulada à luta pela superação do capitalismo e a construçãode uma sociedade livre, democrática, igualitária e socialista.
Nestes dois anos difíceis, nossa Central se esforçou para fortalecer, construir, organizar ou apoiar as diversas lutas sociais na defesa dos direitos da classe trabalhadora. Cabe destacar a postura decisiva na luta contra o maior ataque já desferido aos direitos dos trabalhadores com o projeto de generalizar a terceirização e a pejotização da classe, sendo entre as centrais a que proporcionalmente mais se esforçou no enfrentamento ao PL 4330, além de contribuir com o acúmulo prático e teórico às tentativas de aprofundamento da precarização do trabalho.
Para além de identificar acertos, é necessário apontar políticas e ações para superar os limites e obstáculos para a realização dos objetivos que nortearam a fundação da Central. Nesse sentido, o 1º Congresso resolve:
1- avançar no processo de filiação e contribuição financeira regular das entidades que já participam da construção da Central e adotar uma política de diálogo amplo e de filiação dos setores que concordam com a prática política da Central;
2- avançar na organização das estaduais da Central. Com acompanhamento, debate e deliberação da Direção Nacional, é preciso que os estados que já dispõem de base política e material, devem realizar congresso, estabelecer uma direção, instituir CNPJ próprio e um funcionamento regular. Em estados em que isso ainda não é possível, e também com acompanhamento e debate na Direção Nacional, é preciso estabelecer uma direção e regularidade dos fóruns estaduais;
3- avançar na estruturação de uma política coletiva para os diversos ramos e categorias que permita maior capacidade para contribuir com as lutas e consolidar a Central;
4- avançar no funcionamento das secretarias nacionais da central, visando a articulação das demandas e consolidação dos acúmulos coletivos.
5- fortalecer a comunicação e a formação política da Central
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