Resolução de filiação da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora à Federação Sindical Mundial (FSM)
Considerando a dinâmica do sistema capitalista mundial que desde seus primórdios submete os povos e territórios do mundo a lógica perversa de espoliação e acumulação de lucros;
Considerando, que as mudanças no processo de produção impostas pelo grande capital impactaram profundamente o chamado “mundo do trabalho”. Já não impera o modelo fordista/taylorista que foi pano de fundo das lutas sindicais do século passado. O operariado industrial, concentrado em grandes unidades fabris diminuiu significativamente, dando lugar ao trabalho fragmentado, disperso, precarizado.
Considerando que essa vocação global vem sendo aperfeiçoada ampliando os ataques, a espoliação e exploração da classe trabalhadora, expressada nos mais de 61 milhões de postos de trabalho eliminados no mundo todo desde a crise de 2008; nos mais de 201 milhões de pessoas desempregadas ao redor do mundo, em 2014, segundo a OIT; que esse desemprego atinge principalmente a juventude, mulheres, negras/os e LGBTs; e que mundialmente entre aqueles/as que estão empregados, 45% possuem o chamado “emprego vulnerável”, desprovido das proteções sociais e em condições inadequadas;
Considerando que as condições do sistema sociometabolico do capital se manifesta internacionalmente no processo de intensificação da exploração da classe trabalhadora nas formas de dominação e exploração colonial e neocolonial dos povos e nações, reafirmamos a defesa do internacionalismo proletário, da autodeterminação dos povos e da solidariedade internacional da classe trabalhadora;
Considerando a orientação classista da Intersindical e o entendimento de que a emancipação plena da classe trabalhadora brasileira só será efetiva se associada ao processo de libertação das/os trabalhadoras/es do mundo todo;
Considerando que para atingir esse objetivo é fundamental participar e fortalecer instrumentos de organização da classe trabalhadora mundial, cujo funcionamento seja marcado pela democracia interna, liberdade sindical, solidariedade internacional, pela autodeterminação dos povos sobre si e seus territórios, pela unidade de todas/os aquelas/es que vivem do seu próprio trabalho em suas diferentes expressões; atento para a necessidade de envolver a juventude e os migrantes combatendo o carreirismo, elitismo, a burocracia, a cooptação e a corrupção; cuja ação seja pautada pelo enfrentamento ao imperialismo, ao autoritarismo e violência estatal, pelo combate ao fascismo, racismo, machismo e homofobia; na luta pela conquista e ampliação dos direitos à saúde, educação, à previdência e todos os direitos que ampliem o acesso as necessidades materiais da vida contemporânea elevando assim a qualidade vida;
Considerando que a Federação Sindical Mundial (FSM) é o instrumento internacional que apresenta estas características e objetivos em seus princípios e sua ação;
Considerando a necessidade da Intersindical ampliar a sua atuação junto a classe trabalhadora mundial;
A Intersindical resolve filiar-se a Federação Sindical Mundial.
TRABALHADORAS E TRABALHADORES DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!
Comentários