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“São Paulo Não Está à Venda”, reivindicam movimentos populares reunidos em plenária

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Movimentos populares, sindicais, culturais e vereadores da cidade de São Paulo se organizaram nesta quinta-feira (27) no Galpão do Folias para debater ações conjuntas contra as medidas do Prefeito João Dória (PSDB-SP), cujo objetivo principal é ampliar as privatizações no município.

Com o mote “São Paulo é Nossa!“, em referência à classe trabalhadora, que representa a maioria da cidade, e que agora vê diversos de seus aparelhos públicos prestes a serem vendidos para empresários lucraram com a pobreza, a atividade gerou diversos encaminhamentos entre os grupos presentes, e a tendência comum é a ampliação da Frente. 

Frente Povo Sem Medo

Moyzes Ribeiro, da Frente Povo Sem Medo, ressaltou que um dos grandes ganhos da plenária foi o fato de tantos atores diferentes compartilharem das mesmas angústias frente aos desmontes da gestão municipal atual.

Não a toa, Dória é base do governo golpista de Michel Temer. Além de ser um dos possíveis candidatos à Presidência da República em 2018.

Segundo Moyses, como consequência, esse governo se mantém por meio de pouca representatividade e democracia. “Para se ter uma ideia, essas privatizações que estão sendo propostas por Dória, não estavam em pauta no início do primeiro semestre, contudo, antes do fim do período vigente, elas já haviam sido votadas aprovadas por meio de um Congresso de Comissões. Sem o povo saber o que aconteceu.”

"São Paulo Não Está à Venda", reivindicam movimentos populares

Militante do MTST, Josué Rocha, afirmou que “estamos aqui para mostrar que esta indignação não é pontual, mas sim coletiva”.

“Neste semestre ela vai para rua em conjunto”, disse, sobre as manifestações que estão sendo convocadas por toda a cidade.

"São Paulo Não Está à Venda", reivindicam movimentos populares

Políticas Estruturalmente Racistas

Adriana, da Uneafro, destacou que as políticas que estão desorganizando o acesso dos meios públicos à população, são políticas estruturalmente racistas. “Estas ações deixam de fazer atendimento à parcela mais significativa da população, que é o povo negro”, analisou.

No mesmo sentido, Michele, do Círculo Palmarino, também chamou atenção à exclusão e reforçou a importância da mobilização de 1º de agosto. “No dia primeiro é o fim do recesso parlamentar, e acredito que esta Frente tem de estar lá em peso para demonstrar aos vereadores e ao prefeito que queremos uma cidade que é nossa.” (saiba mais ao final do texto)

Educação municipal

No campo da educação, Laura Cymbalista, da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e diretora pela oposição no Simpeem, ressaltou as dificuldades que os educadores têm sofrido. A professora de ensino fundamental explicou que a lógica da atual gestão Dória é “privatizar os serviços, os espaços públicos e sucatear os serviços de educação e saúde”.

Segundo ela, além do sucateamento pelo qual o serviço público municipal está passando, o Dória “também assumiu uma lógica de controle da atividade pedagógica. As escolas estão fechando bibliotecas e brinquedotecas, para transformar em sala de aula. As escolas estão virando um verdadeiro depósito de crianças”, desabafou.

“Embora o presidente do nosso sindicato (Simpeem) faça parte da base do Governo Temer, a nossa categoria não faz”, esclareceu ao final.

"São Paulo Não Está à Venda", reivindicam movimentos populares

Galpão do Folias

Não foi a toa que a plenária dos movimentos se reuniu no Galpão do Folias. Desde os cortes de verba para a cultura que a gestão Dória realizou, eles não conseguem sequer cumprir com a folha de pagamento do teatro.

“Estamos em um momento muito complicado atualmente, mas vamos continuar resistindo. Estamos organizando uma programação, que estamos chamando de “Estado de Emergência”, com todos os parceiros do campo artístico para fortalecer a resistência neste espaço. As atividades vão ser compostas por shows, saraus, apresentações teatrais etc.”, disse um dos atores da Cia. Folias D’arte.

Texto e fotos: Alexandre Maciel / Assessoria de Comunicação da Intersindical

São Paulo Não Está à Venda

Entre os encaminhamentos resultantes da reunião foi organizado um ato em frente à Câmara Municipal de São Paulo neste dia 01 de agosto. Data em que os Vereadores retomam as atividades na Casa.

A atividade “São Paulo Não Está à Venda“, denuncia que o refeito João Dória quer entregar o patrimônio público para a iniciativa privada. Veja logo abaixo os detalhes da manifestação.

Serviço:

Local: Câmara Municipal de São Paulo
Endereço: Viaduto Jacareí, 100
Horário: 14 horas

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