Mais de 1600 servidores públicos federais já deixaram suas casas e estão na estrada rumo a Brasília para participarem da Caravana da Educação Federal, mobilização marcada para esta terça-feira (7), na Esplanada dos Ministérios.
Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, participará do ato em frente ao Ministério da Educação. A concentração está marcada para às 9h, próxima à Catedral de Brasília.
A mobilização dos servidores reúne entidades de peso, como a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe).
Outro grupo seguirá para o Ministério do Planejamento, onde está prevista mais uma tentativa de negociação entre representantes de entidades nacionais de servidores públicos federais e o governo para discutir a questão salarial.
Pauta de reivindicações
Os representantes sindicais reivindicam 27,3% somente em 2016 para recompor as perdas salariais. O governo oferece 21,3% fracionados entre os próximos quatro anos (2016 até 2019), com parcelas regressivas de 5,5%, 5%, 4,75% e 4,5% para os 1,3 milhão de ativos, aposentados e pensionistas do Poder Executivo.
“Assinar o acordo proposto pelo governo é inaceitável”, diz Bernadete Menezes, secretária de Defesa do Serviço Público da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e coordenadora da Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ASSUFRGS).
“A greve está forte e nossa pauta é mais ampla do que a questão salarial. As universidades públicas estão paralisadas, bancas de mestrado suspensas, estamos falando que 90% das pesquisas tecnológicas brasileiras estão paradas por falta de investimentos”, destaca Bernadete Menezes.
Mais adesões
A greve da Fasubra, deflagrada no dia 28 de maio, acaba de ganhar mais uma instituição aliada, a Unipampa. O movimento dos trabalhadores técnico-administrativos conta agora com a adesão de 66 universidades.
Amanhã (7), a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) adere ao movimento e entra em greve por tempo indeterminado. Isso significa que a luta passa a contar com trabalhadores do INSS, Anvisa, MTE, Saúde e Previdência.
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