Coordenados pelo Sindifort, Intersindical e movimentos populares da Frente Povo Sem Medo, após ato de protesto, trabalhadores foram recebidos por uma comissão de vereadores.
No primeiro dia de funcionamento do Legislativo Municipal em 2017, servidores municipais de Fortaleza de diversas categorias e integrantes de movimentos populares, como o MTST e MBI, tiveram seu acesso às dependências da Câmara Municipal de Fortaleza barrado durante ato promovido pelo Sindifort, Intersindical e a Frente Povo sem Medo.
O ato aconteceu dia 1º de fevereiro como parte das mobilizações da Campanha Salarial 2017, coordenada pelo Sindifort e Intersindical. Os servidores foram à Câmara pressionar os vereadores e o prefeito Roberto Cláudio para o atendimento das reivindicações referentes à pauta da Campanha Salarial na qual consta o reajuste salarial de 13,60% sem parcelamento, moradia, aporte financeiro para o IPM Saúde, fim da terceirização com concurso público etc.
Os movimentos populares presentes como o MTST e outros, revindicaram a abertura de vagas em creches e escolas, melhor atendimento de saúde e moradia para a população carente de Fortaleza.
O Sindifort e a Intersindical questionaram o pacote do prefeito Roberto Cláudio que ataca os direitos dos servidores municipais e exigiram a revogação dos decretos que trazem prejuízos aos servidores e a população e também a revogação do aumento nas passagens do transporte urbano.
Além das questões locais, os servidores protestaram contra as medidas do governo Temer, tais como reforma da Previdência, PEC 287, reforma trabalhista etc.
Enquanto as galerias da Câmara Municipal permaneceram vazias durante a solenidade de abertura dos trabalhos do Legislativo, os servidores e os movimentos populares foram impedidos de adentrar às mesmas por forte esquema de segurança com a presença da Polícia Militar e da Guarda Municipal, que esteve presente por determinação de sua direção e da presidência da Câmara. Os servidores e os movimentos populares permaneceram sob a chuva do lado de fora.
Durante a solenidade de abertura dos trabalhos, os manifestantes ocuparam a rua e após muita resistência por parte das lideranças do movimento e da intermediação da ex-vereadora Toinha Rocha, uma comissão de representantes do Sindifort e Intersindical foi recebida pelos vereadores.
Eriston Ferreira, vice-presidente do Sindifort e Ednara Maranhão, diretora de Comunicação do Sindicato, apresentaram as demandas dos servidores aos parlamentares. O líder do prefeito na Câmara Municipal, Ésio Feitosa (PPL) e o vereador Didi Mangueira (PDT) se comprometeram a intermediar e agilizar a negociação e levar as pautas ao Executivo, dando retorno do que foi tratado.
O líder do prefeito afirmou que até o dia 20 de fevereiro haverá reunião da Mesa Central de Negociação com a participação do secretário Philipe Nottingham para discutir a pauta da campanha salarial 2017 e os decretos baixados pelo prefeito Roberto Cláudio. Ele no entanto ressaltou o momento de crise. Como já mostramos, este discurso da crise é contraditório pois a Prefeitura continua os gastos com mega eventos como carnaval e réveillon, gastos com publicidade, orçamento milionário para gabinete do prefeito, além de pagamentos da Dívida Pública com os bancos.
Os vereadores que integraram a Comissão foram: Ésio Feitosa, líder do prefeito (PPL); Didi Mangueira (PDT); Larissa Gaspar (PPL); Soldado Noélio (PR); Plácido Filho (PSDB); Gardel Rolim (PPL); Renan Colares (PDT); e Márcio Martins (PR).
O Sindifort continua a mobilização e deixa claro que para obtermos êxito em nossa campanha salarial, precisamos de uma maior participação e engajamento de todos os servidores.
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