Fonte: Tutaméia TV
“Há neste momento, aqui em Brasília um clima de muita esperança, de determinação, um sentimento de que a gente está vivendo um momento histórico, uma virada na luta pela democracia, na luta contra o governo da extrema direita, o governo de destruição nacional. O clima é de bastante unidade, uma unidade ampla, inclusive porque esse superpedido de impeachment tem a assinatura não apenas dos partidos de oposição, dos partidos de esquerda, dos movimentos sociais, mas também de parlamentares que foram eleitos na esteira do bolsonarismo”.
Palavras de Edson Carneiro Índio, presidente da Intersindical, uma das centrais sindicais que assinam a ação patrocinada também por partidos políticos, movimentos populares e parlamentares que apoiaram Bolsonaro, como Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).
Índio falou ao TUTAMÉIA diretamente do jardim em frente ao Congresso, pouco depois de o superpedido ter sido protocolado, na tarde desta quinta-feira, 30 de junho. A conversa acontece em meio aos trabalhos de preparação de ato público. Ao fundo, passam pessoas com bandeiras; de vez em quando, dá para ouvir os gritos de Fora Bolsonaro!.
O dirigente sindical prossegue, explicando porque considera que há uma mudança no quadro político do país: “A lista de crimes que Bolsonaro já praticou é imensa; no entanto, o discurso que sustenta a base bolsonarista é o discurso de que não havia nenhuma corrupção no governo. E está demonstrado que o governo não é apenas genocida, não é apenas sabotador da ciência, não é apenas responsável por centenas de milhares de mortes, pelo desemprego, pela carestia, mas também é um governo corrupto, um governo que trata o dinheiro público para sustentar os partidos do centrão e os seus esquemas. Isso precisa ser apurado, mas nos parece que os fatos revelados até agora dão base para um processo amplo de investigação”.
Não será fácil, alerta ele: “Temos certeza de que esse processo será resolvido com o povo, com a luta política do povo. Na minha opinião, estamos chegando a um momento de virada da luta política contra a extrema direita, em defesa da democracia, para derrubar Bolsonaro. Não dá para dizer que já caiu, não se trata disso, mas se abriu um novo momento da luta política pela democracia, para resgatar o país desse projeto de destruição nacional”.
Para isso, reforça o dirigente sindical, é necessário que se faça uma ampla aliança: “O governo Jair Bolsonaro é um risco para a democracia, para todas as forças políticas do país. A gente vê como um avanço. É uma unidade num ponto fundamental. Claro que tem muita diferença no projeto econômico, no projeto de desenvolvimento do país, mas, neste momento, a luta pela democracia e, mais do que isso, a luta para o nosso país não sofra até 2022 esse processo de destruição. Então é muito importante. Todos aqueles que se dispõem a lutar para derrubar esse governo, para interromper esse mandato genocida são muito bem-vindos”.
(Síntese da peça jurídica apresentada pelos organizadores da ação)
A denúncia resulta da articulação empreendida pelos subscritores da maior parte dos pedidos de impeachment apresentados contra o presidente da República Jair Bolsonaro. O texto desenvolvido traduz um esforço de conjugação de fatos e argumentos de índole jurídica e política, utilizados nas diversas petições ora sob a análise do presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira.
Na presente data, já foram protocolizados 122 (cento e vinte e duas) denúncias da prática de crimes de responsabilidade junto à Câmara dos Deputados, conforme levantamento pormenorizado feito pela agência de jornalismo investigativo Pública. Destes, consta que seis pedidos foram arquivados, restando a serem apreciados em sua admissibilidade o quantitativo de 116 (cento e dezesseis) pleitos de abertura de processo de impeachment em face do atual ocupante da presidência da República.
A petição expõe organizadamente a tipificação dos respectivos delitos. As condutas do presidente da República descritas na peça configuram de modo inequívoco o seu enquadramento no figurino de 24 (vinte e quatro) tipos legais descritos na Lei nº 1.079/1950, alguns de modo reiterado. Excetuando-se os tipos penais do item 24, que tratam de questão recente, referente à vacina Covaxin, os demais constam das peças anteriormente apresentadas.
LISTA DE CRIMES CITADOS NO PEDIDO:
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