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A resistência ao desmonte da previdência está fazendo o governo mudar sua estratégia para agradar aos banqueiros e grandes empresários, acabando com os direitos trabalhistas e previdenciários. É o que aponta matéria do jornal Valor Econômico desta segunda, dia 20/03, cujo título afirma que resistência à reforma da previdência faz governo antecipar trabalhista.
Segundo a matéria, “assim, governo e Congresso demonstrarão que estão emprenhados em aprovar reformas estruturantes, dando um sinal positivo ao mercado financeiro”. O jornal Valor Econômico é um dos principais porta-vozes dos donos do dinheiro no Brasil, e defende ardorosamente a agenda de ataques aos direitos estabelecidos na Constituição e na CLT.
O crescimento da mobilização contrária às mudanças na previdência, em particular após o dia 15 de março que reuniu mais de um milhão de pessoas nas manifestações convocadas pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, além das fortíssimas paralisações de diversas categorias, é sem dúvida nenhuma a principal preocupação do golpismo. A votação da chamada reforma trabalhista não exige um quórum qualificado, e pode ser aprovada por maioria simples.
Ainda segundo o Valor, as duas “reformas” ficarão prontas para votar no início de abril. Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados ameaça colocar em plenária amanhã, dia 21, a votação do PL 4302/98, projeto nefasto que libera a terceirização e quarteirização em todas as atividades, no setor privado ou público, ampliando ao limite a precarização do trabalho no Brasil.
“Diante desse quadro de desmonte dos direitos, a população trabalhadora não pode se deixar manipular pela mídia ou mesmo permitir que se tire a atenção da classe trabalhadora. Estamos de olho nessa agenda do congresso. E temos milhares de trabalhadores dialogando com a população pra pressionar os deputados. Quem votar a favor de qualquer destes projetos nunca mais terá o voto da população trabalhadora”, alerta Edson Carneiro Índio.
“Além de pressionar os parlamentares, estamos em diálogo com o conjunto das organizações para a Greve Geral que vai parar o Brasil em defesa dos direitos estabelecidos na Constituição e na CLT. Aposentadoria e direitos trabalhistas ficam. Temer é quem deve sair”, conclui Índio, Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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