INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
Diante da possibilidade iminente de votação em regime de urgência pelo Senado do PLC 30/15, que regulamenta a terceirização no Brasil, diversas entidades que desde 2011 integram um amplo fórum de combate à terceirização reuniram-se ontem pela manhã (18) em São Paulo para discutir uma agenda de atuação emergencial.
Maximiliano Garcez, diretor para Assuntos Legislativos da Associação Latino-Americana dos Advogados Laboralistas (ALAL), representou o fórum em praticamente todas as audiências públicas realizadas nas Assembleias Legislativas pelo país até o momento e destacou a importância dessas atividades, que reuniram milhares de trabalhadores e fortalecer o debate e a luta contra a terceirização.
Edson Carneiro Índio, Secretário-Geral da Intersindical, fez questão de ressaltar a somatória de lobbys e a “cortina de fumaça” existente no que chamou de “Agenda Esfola o Brasil” (em referência à Agenda Brasil) para fazer com que os trabalhadores e movimentos sociais não consigam identificar quais são os projetos de maior interesse dos grandes empresários e banqueiros.
“Está claro que a direita e o grande capital visam a aprovação do projeto que amplia a terceirização no Brasil, além de mais privatizações, controle das terras indígenas e permissão para devastar o meio ambiente”, ressaltou Índio.
Um dos exemplos desta “cortina de fumaça” é o “projeto” que trata do imposto sobre herança, uma antiga reivindicação da esquerda que foi acrescentado à Agenda Brasil.
Por isso, nas manifestações que acontecerão neste dia 20, o combate à terceirização e ao ajuste fiscal do governo devem ser o centro dos protestos, além da luta contra a ofensiva da direita.
“Todos devem ficar atentos. Há fortes indícios de que Renan pode interromper a tramitação do projeto nas diversas comissões temáticas e levar o PLC 30 à voto diretamente ao plenário do Senado”, alerta Alexandre Caso, representante da Intersindical no Fórum Nacional dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização.
Veja como você pode contribuir com a luta contra a terceirização:
-Mapear a posição de cada senador nos Estados sobre o projeto, pressionar, promover manifestações em frente aos escritórios regionais deles e exigir um compromisso público contra o PLC 30.
– Ampliar denúncias dos deputados que votaram a favor do projeto na Câmara Federal
-Focar o tema da terceirização na agenda de lutas das entidades
– Constituir fóruns locais contra a terceirização
-Mostrar a ligação existente entre a terceirização e a corrupção
-Usar mais as redes sociais para denunciar a terceirização
-Promover debates sobre o tema em todos os espaços
– Mobilizar as Câmaras Municipais, realizar debates e incentivar a aprovação de moções contra PLC 30.
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