Os trabalhadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) compareceram em peso à Assembleia Geral realizada na quarta-feira (18/05) e decretaram greve de 72 horas a partir do dia 31 de maio. Indignados com mais um desrespeito do reitor Carlos Alexandre Netto, os trabalhadores reivindicam a assinatura imediata dos planos de flexibilização e se opõem ao sistema de login.
O reitor Carlos Alexandre e vice-reitor Rui Oppermann vêm desde o último ano quebrando acordos e mantendo uma atitude autoritária perante os técnicos e o sindicato. Implantou às pressas e sem debate um sistema de login duvidoso para o controle da jornada e vem sistematicamente impondo entraves à implantação da flexibilização da jornada na Universidade.
Atitudes como essas geraram grande indignação dos técnicos, demonstrada pelas intervenções na assembleia e nas reuniões nas unidades, ocorridas nas últimas semanas, onde a maioria deliberou pela greve.
Os próximos dias serão de mobilização e preparação da greve, com a indicação de representante das unidades para a Comissão de Mobilização.
Também houve debate sobre as eleições para reitor da UFRGS, com posições favoráveis ao apoio à candidatura de Carlos Alberto e Laura Verrastro e pelo voto nulo. A Assufrgs tem deliberação do último congresso pelo voto nulo, em denúncia ao formato antidemocrático da consulta à comunidade. O voto dos docentes tem o peso de 70%, ao contrário da maioria das universidades brasileiras, onde o voto é paritário.
O professor e candidato à reitor Carlos Alberto esteve presente na assembleia, afirmando seu compromisso com a paridade e com a implantação da flexibilização. Também falaram à assembleia as estudantes secundaristas Gabriele e Aline, que estão atuando na ocupação das escolas estaduais e pediram apoio e doações.
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