Trabalhadores rurais ligados aos movimentos sociais do campo ocuparam nesta segunda-feira (5) a entrada do Ministério do Planejamento, em Brasília, em protesto contra a reforma da Previdência que igualará as regras para a aposentadoria do trabalhador rural e urbano.
Participam do protesto militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), entre outros. Segundo a organização do protesto, 2 mil pessoas participam do ato. A PM estima cerca de 300 pessoas.
Em nota, os organizadores afirmam que a reforma da Previdência “traz a perda de muitos direitos para trabalhadoras e trabalhadores, como a equiparação da idade de aposentadoria entre homens, mulheres e trabalhadores do campo e da cidade”.
Além disso, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, já avisou que o governo pretende cortar os benefícios de pensão por morte para todos os segurados (do INSS e servidores públicos). O valor cairá para 60%, mais 10% por dependente, no limite de 100%.
Benefícios assistenciais pagos a idosos e deficientes de baixa renda também serão reduzidos. O valor do auxílio, hoje correspondente a um salário mínimo independentemente de tempo de contribuição, será revisto.
Os rurais prometem montar um acampamento em frente ao ministério para ficar até esta quarta-feira (7). O prazo vai depender das negociações com o governo.
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadores
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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