INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
O Comando Nacional de Greve da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) ocupa a sede do Ministério da Educação desde a manhã de hoje (15/09) após tomar conhecimento, por meio da imprensa, de mudanças nas negociações que estavam em curso com a categoria.
De acordo com o anúncio do Ajuste Fiscal haverá mudança na data do impacto de reajuste deles, proposta para o mês de janeiro de 2016 para agostode 2016 e a suspensão dos concursos para a entrada de novos servidores.Antes, os servidores de ensino superior receberiam reajuste salarial de 5,5% em janeiro de 2016 e 5,0% em 2017.
“O governo está nos roubando mais seis meses de salário, suspenderam os concursos e acabaram com um abono permanência que fará com que muitos servidores optem por se aposentar, ou seja, vão sobrecarregar ainda mais a máquina”, afirma Bernadete Menezes, secretária de Defesa do Serviço Público da Intersindical Central da Classe Trabalhadora e coordenadora da Associação dos Servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ASSUFRGS).
“A última versão do Ajuste Fiscal ampliou o golpe, imputando aos trabalhadores a conta da crise que, além de diminuir o impacto do reajuste em 2016 que não cobria sequer a inflação de 2015, amplia a retirada de direitos dos trabalhadores, inclusive componentes que integram a remuneração salarial dos servidores federais”, afirmaBernadete Menezes, que está em Brasília.
“Não restou outra alternativa aos trabalhadores, que no momento da reunião para tratar a pauta setorial, comunicou ao MEC, enquanto representante do governo, a disposição da categoria em ocupar o prédio e intensificar as ações em todo o país, para em nome dos trabalhadores do serviço público federal, exigir do governo que mantenha a credibilidade do processo negocial em curso”, explicou o Comando Nacional de Greve da Fasubra, via Facebook.
Greve
Atualmente quase metade (47%) do Orçamento Geral da União é destinado ao pagamento dos juros da dívida pública (R$ 978 bilhões), de acordo com a Associação Auditoria Cidadã da Dívida. Em 2014, apenas 3,7% foram gastos com educação no Brasil.
A carreira dos trabalhadores técnico-administrativos detém o menor piso salarial do funcionalismo público federal. Eles estão em greve desde o dia 28 de maio.
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