Essa é a pergunta que Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, precisa responder aos milhões de trabalhadores que estão reféns de trabalhos que exigem esforço físico contínuo.
É possível, por exemplo, um montador de andaime seguir trabalhando aos 80 anos? Uma faxineira, que diariamente se dedica à tarefa de limpar e cozinhar para famílias ricas e de classe média, consegue? A dignidade humana é totalmente violada!
Mulheres também não são aceitas, pois o patrão não quer contratar uma operária que futuramente possa engravidar. Isso sem citar o fato de que a maioria esmagadora das mulheres é quem se responsabiliza pelos cuidados de filhos e familiares. Logo, o empresário prefere contratar homens jovens. E o governo julga justo igualar a idade mínima de homens e mulheres em 65 anos.
Para o governo somos novos demais para se aposentar, para o mercado já estamos velhos demais para vender nossa força de trabalho. O que resta é o desalento!
Rodrigo Maia diz genericamente que categorias especiais podem ter outro tratamento, mas não diz quais. Além disso, atribuiu a certas “corporações” a luta contra a reforma. As corporações que mais drenam recursos da previdência e até agora seguem intactas são as altas cúpulas do Judiciário e das Forças Armadas, contra quem ele não dedicou uma palavra sequer.
O mercado é cruel e tem no governo e no presidente da Câmara grandes aliados. Precisamos resistir!
Texto: Fábio Mello, postado originalmente por Dr. Sílvio Cabral
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