Um ato de conscientização, luta e resistência foi realizado nessa manhã de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, na fábrica da Yamá, em Cotia. Dirigentes da região de Osasco estiveram no local para falar aos trabalhadores, em especial às mulheres, sobre a importância da luta para combater o machismo, a exploração e as ações de violência historicamente cometidas contra as mulheres.
Utilizando máscaras que simbolizavam as mãos opressoras que tentam calar as vozes femininas, o coletivo de mulheres de Osasco declamou um texto que enfatizava as dificuldades e batalhas travadas diariamente por todas as mulheres.
Ao final do ato, as dirigentes falaram sobre questões específicas da Yamá, fábrica na qual as mulheres são maioria e onde já ocorreram denúncias de assédio moral e sexual, conforme constatado em pesquisa realizada pelo sindicato.
Os resultados foram alarmantes: 27% disseram que já sofreram e/ou viram alguém sofrer assédio moral e/ou sexual dentro da empresa. Metade destas pessoas sofreram ou viram alguém sofrer assédio sexual.
Dirigentes do Unificados participarão dos atos pelo Dia Internacional das Mulheres em Campinas e em São Paulo. Em Campinas, o ato terá sua concentração a partir das 17h no Largo do Rosário. Já em São Paulo, a concentração será na Praça Osvaldo Cruz, a partir das 16h e a passeata seguirá rumo à Avenida Paulista, parando em alguns pontos estratégicos pelo caminho.
E no dia 11/03, domingo, às 12h, haverá uma programação especial pela passagem do Dia Internacional das Mulheres no Cefol Campinas dedicada às trabalhadoras químicas e farmacêuticas e todas as mulheres presentes.
A violência ou hostilidade no ambiente de trabalho, na forma de assédio moral ou sexual, pode trazer consequências psicológicas e físicas severas para as vítimas, que ainda são, em sua maioria, mulheres.
Os sintomas mais frequentes incluem dores de cabeça e pelo corpo, depressão, insônia e outros distúrbios do sono, tremores, aumento da pressão arterial, estresse e, em casos extremos, pode até levar ao suicídio.
A maior parte das mulheres não registra queixa de assédio sexual por receio de sofrerem constrangimento e humilhação. Também é comum que o agressor ameace a mulher de nova violência caso ela revele o que sofreu.
Fonte: Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Região
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