Trabalhadores químicos participam do Dia do Basta nesta sexta, 10/08, em defesa do emprego, do direito à aposentadoria e contra a retirada de direitos da classe trabalhadora
Trabalhadores das empresas Fertilizantes Heringer S.A, de Paulínia, da Dacarto Benvic Ltda, que pertence ao grupo Solvay, em Osasco, e da Phisalia Produtos de Beleza Ltda, também em Osasco, realizaram atos nas portas das fábricas com o Sindicato Químicos Unificados na madrugada e manhã desta sexta-feira, 10/08. A ação integra o Dia do Basta, na qual diversas categorias profissionais de todo o Brasil realizam paralisações em uma ação conjunta!
Além das mobilizações nos locais de trabalho, os protestos, organizados pelas centrais sindicais terão atos de rua. Em São Paulo, uma ato iniciou às 10h em frente à Federação Industrial do Estado de São Paulo (FIESP) na Avenida Paulista. Em Campinas, os/as trabalhadores se concentrarão a partir das 16h no Largo do Rosário.
O protesto realizado na porta da Heringer, em Paulínia, denunciou o desemprego galopante causado após o golpe. Somente nesta fábrica de fertilizantes foram demitidos na semana passada 55 trabalhadores. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o país tem hoje 13 milhões de desempregados.
Dirigentes sindicais levaram para o protesto placas pedindo “Basta de desemprego” e defendendo o direito à aposentadoria. “Essas demissões irão sobrecarregar os trabalhadores. Nessa época do ano, a produção de fertilizantes aumenta por causa do período chamado de “Largada da Safra” e a gente sabe que o agronegócio não é um setor em crise. Pelo contrário, é o que ajuda na recuperação econômica do País. Então a gente precisa denunciar os patrões que estão colaborando para este cenário de recessão no Brasil.”, afirma André Alves da sub sede de Paulínia do Sindicato Químicos Unificados.
André Alves denunciou também o fato de que na cidade de Viana, no Espírito Santo, a Heringer demitiu 50 trabalhadores. Em seguida, colocou funcionários terceirizados do setor de limpeza para operar na produção – um flagrante caso de desvio de função e uso das terceirizações como emprego precarizado.
Vale destacar que os donos da Heringer possuem ao menos 37 fazendas espalhadas pelos estados Espírito Santo, Tocantins e Minas Gerais. Segundo apuração da assessoria econômica do Unificados, entre 2010 e 2014 a empresa financiou campanhas eleitorais tendo investido R$ 2,5 milhões em candidaturas políticas. A família Heringer tem, inclusive, ocupado cargos políticos. Mario Heringer é deputado federal por MG desde 2003 e Nailton Heringer é prefeito de Manhuaçu (MG), da cidade natal do presidente da empresa Dalton Heringer. Durante o ato, dirigentes do Unificados destacaram a importância de impedir que deputados e senadores que votaram contra os direitos trabalhistas – a grande maioria deles patrocinada por empresários como os donos da Heringer – continuem no poder.
A mobilização dos trabalhadores químicos de Osasco iniciou ainda na madrugada, com o ato realizado na Dacarto Benvic, empresa do grupo belga Solvay que se nega a debater com o sindicato um novo acordo de jornada, mais favorável aos trabalhadores. A empresa tem cerca de 300 trabalhadores na fábrica localizada em Osasco.
Em seguida, o Unificados realizou ato com os/as trabalhadores/as da Phisalia Produtos de Beleza, dialogando com a categoria e com a população que transitava próximo à empresa sobre a urgência de dar um basta nos ataques aos direitos trabalhistas e toda a política de recessão imposta após o golpe à classe trabalhadora.
Estudantes secundaristas de Campinas também realizaram uma manifestação marchando pelas ruas centrais de Campinas até a Diretoria de Ensino da Região Leste. Cerca de 500 estudantes participaram do Dia do Basta protestando contra as reformas na Educação, feitas pelo governo Temer sem consulta, totalmente de cima para baixo.
https://www.youtube.com/watch?v=EaVJL1ar5n8
Fonte: Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Região
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