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Vereadores e demitidos da Carris reforçam a tentativa de diálogo com a Prefeitura

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Não havia segurança para a continuidade do trabalho no dia 3 de agosto, reforçam vereadores.

O presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Mauro Pinheiro (PT), recebeu na manhã de terça-feira (29) um grupo de vereadores e de funcionários que foram demitidos da Companhia Carris Porto-alegrense. No encontro, foi solicitado que a Presidência do Legislativo busque intermediar a retomada das negociações com a Prefeitura.

A demissão de seis servidores da Carris aconteceu após uma paralisação geral de todos os servidores do Estado, incluindo a polícia, realizada em 3 de agosto, por causa do calote e parcelamento no pagamento dos salários.

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) lembrou que a paralisação na Carris, naquele dia, foi motivada pela falta de segurança pública. “A decisão de não sair com os ônibus das garagens naquele dia foi definida coletivamente. Isto se deve ao fato de que os trabalhadores da Carris têm sido vítimas frequentes da criminalidade”, ressaltou.

Segundo ela, as demissões foram arbitrárias. “Os demitidos representam centrais sindicais e sempre estiveram envolvidos nas mobilizações da categoria. É contra essa arbitrariedade que estamos aqui pedindo o apoio da Presidência para que possamos retomar as negociações com o Executivo, que foram interrompidas há 20 dias”, afirmou Fernanda.

O vereador Paulinho Motorista (PSB) reforçou o apelo. “O pessoal não saiu para trabalhar por causa da insegurança. Eu mesmo, se estivesse na situação deles, também não sairia”, disse Paulinho. “A paralisação no Postão da Vila Cruzeiro não gerou nenhuma demissão”, complementou o vereador Cláudio Janta (SDD).

O presidente Mauro Pinheiro informou que fará um contato telefônico com o prefeito José Fortunati. Também acompanharam a reunião os vereadores Prof. Alex Fraga (PSOL) e Sofia Cavedon (PT).

Assaltos a ônibus só crescem

Wenceslau Machado, um dos funcionários demitidos pela Carris e integrante da Direção Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, lembra que a decisão de paralisar as atividades foi deliberada em assembleia da categoria.

“Em junho e julho foram 27 assaltos a ônibus em Porto Alegre, quase um por dia. Em agosto, o número de assaltos saltou para 48. Até os bancos conseguiram ordem judicial para não abrirem naquele dia 3, de greve geral, por causa da insegurança”, explica.

Wenceslau Machadodestaca ainda que as demissões foram apresentadas como “justa causa” por meio da acusação de que os servidores faziam parte de “uma organização criminosa”, o que demonstra uma clara perseguição política.

(Com informações da Câmara Municipal de Porto Alegre)

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