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Greve nacional da Educação: mais de 60 mil nas ruas de Fortaleza

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O Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort) e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora se somam hoje a várias outras centrais, sindicatos, Frente Povo Sem Medo. Entidades estudantis e outros movimentos no apoio e mobilização da Greve Nacional da Educação, com atos de protesto em várias cidades do país, inclusive na grande maioria das capitais. Em Fortaleza, mais de 60 mil pessoas participam do ato.

O presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) e seus ministros atacam a classe trabalhadora ao propor o fim da aposentadoria com a reforma da Previdência. Criminalizam os movimentos sociais ao definirem como “terrorismo” o direito de livre manifestação e defesa de direitos. E agora intimidam ainda mais os professores e os estudantes brasileiros, ao açular perseguições políticas e ideológicas contra disciplinas que estimulam a elaboração de senso crítico dentro das escolas e universidades.

No auge desses ataques, o governo Bolsonaro tomou decisões que podem simplesmente inviabilizar o ensino público no país: o congelamento de R$ 2,4 bilhões em recursos para a educação básica e o corte de 30% no orçamento de 2019 para todas as universidades e institutos federais. De acordo com estimativas das próprias instituições, o corte comprometerá as atividades das universidades já no segundo semestre deste ano.

Para justificar os cortes, o atual ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que “muitas universidades estiverem fazendo balbúrdia em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico”, demonstrando claramente que não se trata de uma simples contenção orçamentária, mas sim da falta de projeto na área educacional e o anúncio de uma verdadeira guerra ideológica.

Outro programa que tem sua continuidade ameaçada pelos cortes é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Criado em 2006, o fundo é responsável por garantir maior qualidade à educação básica pública, da creche ao ensino médio, e corre risco de ser extinto em 2020.

Para a presidente do Sindifort, Nascelia Silva, “Diante desses ataques só nos resta sair às ruas em defesa de uma educação pública, de qualidade e que estimule em nossos jovens o senso crítico e a justiça social”.

Fonte: Sindfort


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