Cerca de sete mil famílias ocupam um terreno em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A área está abandonada há décadas e possui dívidas milionárias com IPTU não pago. A ocupação completou no último domingo trinta dias de muita resistência, solidariedade e participação popular.
O desemprego que assola milhões de pessoas, o alto preço do aluguel e a crise social instalada no país explicam o grande afluxo de pessoas que acorreram à ocupação como única forma de garantir moradia digna aos seus filhos.
Apesar de nunca dar destinação ao terreno, como determina a Constituição de 1988, e de sequer pagar os impostos devidos pelo imóvel, a Construtora MZM que se arvora proprietária do terreno ajuizou ação de reintegração de posse. E na tarde desta segunda-feira, dia 02, o Tribunal de Justiça de São Paulo deve julgar a ação de reintegração de posse.
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora manifesta total apoio à ocupação dos trabalhadores e trabalhadoras e espera que o Tribunal faça valer o direito constitucional das famílias que lá estão lutarem pelo direito (também constitucional) à moradia digna. Esse direito ganha ainda mais relevância diante da inação dos governos e da ausência do cumprimento do papel social da propriedade e até do calote nos impostos devidos por parte da Construtora.
É preciso encontrar uma saída negociada, pacífica e, sobretudo, que garanta a moradia digna das famílias organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Direção Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
São Paulo, 02 de outubro de 2017.
Assista abaixo a intervenção de Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical, no ato apoio à ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo.
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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