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ARGENTINA: DERROTAR A EXTREMA-DIREITA, DEFENDER A DEMOCRACIA E APROFUNDAR A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Imagem: Comunicação da Intersindical
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A Intersindical Central da Classe Trabalhadora felicita as organizações sindicais e populares que atuaram de maneira decisiva no primeiro turno das eleições presidenciais argentinas que colocaram o candidato do peronismo, Sergio Massa, na dianteira da disputa. Massa, do Partido Justicialista, obteve 36,55% dos votos, seguido de Javier Milei, da extrema-direita, com 30,06%, nas eleições do dia 22 de outubro de 2023.

Mesmo com a boa votação obtida pelo peronismo, a ida ao segundo turno de um candidato de extrema-direita é um alerta para a América Latina, pois mostra que o discurso de ódio e intolerância segue ganhando força na região. Milei, assim como Bolsonaro no Brasil, é produto da onda de extrema-direita, principal desafio das forças democráticas e populares no âmbito internacional.

O programa de governo de Javier Milei inclui pautas como venda de órgãos humanos, extinção de programas sociais, fim dos subsídios públicos nas tarifas de transporte público, abastecimento de água e energia elétrica; além da dolarização total da economia. Em síntese, propõe retirar a assistência do estado da vida dos mais pobres e abrir mão da soberania monetária argentina. Outra proposta polêmica é a ruptura das relações comerciais com o Brasil e com a China, ameaçado a relação histórica com nosso país e o progresso alcançado com a ampliação do BRICS+. Obviamente, as posições de Milei favorecem também os interesses imperialistas na região. Mas, sobretudo, Milei é um grande perigo para a justiça social e os direitos humanos na Argentina, país marcado por anos de neoliberalismo brutal. O atual governo peronista herdou uma Argentina amarrada por completo num acordo com o FMI realizado pelo ultraliberal Macri, com uma agravada dependência externa, crescente necessidade de dólares e com sua moeda, o peso, virando pó. Essa é a origem do aumento da inflação e das dificuldades econômicas que penalizam a população argentina. Milei, ao contrário do que anuncia, é a tentativa de reedição do modelo que levou a Argentina a essa grave situação, não o contrário.

Como brasileiros e brasileiras, temos o dever político e moral de denunciar esta ameaça, em razão da experiência catastrófica que tivemos como o governo de extrema-direita no Brasil, que deixou um legado de destruição e mortes. O resultado do peronismo no 1° turno representa um grande avanço das forças democráticas, mas será necessário ampliar ainda mais a mobilização para derrotar definitivamente a extrema-

direita no segundo turno no dia 19 de novembro. Conclamamos todas as forças democráticas e populares a denunciarem o projeto de extrema-direita de Milei e se solidarizarem com o povo argentino na luta contra o fascismo.

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