Banestes usa truculência policial para tentar impedir Ação Sindical em Colatina

Imagem: Comunicação da Intersindical
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O Sindibancários/ES paralisou na manhã desta sexta-feira, 27, a agência e superitendência do Banestes de São Mateus e as unidades de Linhares e Colatina. O protesto é contra a retaliação sofrida pelos trabalhadores e trabalhadoras dessas agências após a greve dos bancários na Campanha Salarial 2015.  O Banestes desmarcou as férias dos funcionários que estavam previstas para dezembro e janeiro e cancelou os abonos assiduidade garantidos no Acordo Coletivo, numa clara ação antissindical. Em Colatina, a direção do banco acionou a Polícia Militar para tentar impedir a Ação Sindical.

Por volta das 9h, policiais chegaram à unidade ameaçando retirar as faixas da paralisação e prender os dirigentes sindicais caso a entrada não fosse liberada num prazo de 40 minutos.

“O Banestes desrespeita o Acordo Coletivo dos trabalhadores e ainda usa a Polícia Militar para reprimir seus empregados. Não vamos aceitar essa postura e vamos cobrar do banco respostas sobre as práticas antissindicais contra os trabalhadores”, diz Jonas Freire, diretor do Sindicato e bancário do Banestes, que está no local.

Jonas denuncia ainda que a agência Colatina possui diversos problemas, como a carência de funcionários, tem gerado um quadro de adoecimento dos empregados devido à sobrecarga de trabalho. “Diante de tudo isso, o banco ainda quer solucionar o problema da unidade colocando a polícia em cima dos trabalhadores”, salienta.

Até o momento estão na unidade apenas a gerente substituta e o gerente administrativo. A polícia permanece do lado de fora. A agência deve ficar fechada até o fim do dia.

Protesto em toda a região norte

Além da agência Colatina também estão paralisadas as unidades de Linhares e São Mateus, incluindo a Superintendência Regional Norte.

O Sindicato dos Bancários/ES cobra que o banco revogue as medidas adotadas em retaliação à greve, entre elas, o cancelamento das férias dos funcionários que estavam previstas para dezembro e janeiro e o cancelamento dos abonos assiduidade garantidos no Acordo Coletivo. Os trabalhadores criticam também o remanejamento repentino de diversos bancários e bancárias de setor, feito sem diálogo com os empregados.

 “Fica evidente que a ação do banco é retaliatória. Querem desmobilizar a categoria punindo e colocando medo nos empregados que exerceram o seu direito de greve”, denuncia Goretti Barone, diretora do Sindicato que atua na subsede Colatina.

“Por causa dessa atitude da administração do Banestes os trabalhadores e trabalhadoras resolveram paralisar nesta sexta-feira as agências Linhares e Colatina, além da Superintendência Regional Norte, em São Mateus. Tentamos conversar com a administração, fizemos reuniões para pedir a revogação das medidas autoritárias tomadas pelo banco. Falaram que iam reverter, mas não reverteram. A solução foi fazer a ação sindical como forma de mostrar nossa insatisfação”, afirma o diretor do Sindibancários, Jonas Freire.

Para o coordenador geral do Sindibancários, a postura do Banestes é inaceitável. “É inadmissível que o banco adote uma prática antissindical. A greve é uma garantia constitucional, um instrumento legal de luta de todas as categorias profissionais por melhores condições de trabalho”, destaca o sindicalista.

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