O sujeito que ocupa a cadeira da Presidência da República mais uma vez fez apologia à ditadura militar, à tortura e ao assassinato de dissidentes políticos. Para atacar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Bolsonaro disse que sabia como havia morrido seu pai, desaparecido pelo regime militar em 1974. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele”, disse.
Estudante de Direito, funcionário público e militante da Ação Popular, o pernambucano Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira foi preso por agentes do DOI-Codi aos 26 anos, em fevereiro de 1974. Seu filho Felipe, atual presidente da OAB, não tinha nem dois anos de vida na época.
Em resposta, Felipe Santa Cruz afirmou que, “lamentavelmente, temos um presidente que trata a perda de um pai como se fosse assunto corriqueiro — e debocha do assassinato de um jovem aos 26 anos”. Para o presidente da OAB, Bolsonaro demonstrou “mais uma vez traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia”.
A OAB também se pronunciou, lembrando que “todas as autoridades do País, inclusive o Senhor Presidente da República, devem obediência à Constituição Federal, que instituiu nosso país como Estado Democrático de Direito e tem entre seus fundamentos a dignidade da pessoa humana, na qual se inclui o direito ao respeito da memória dos mortos”.
Para a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, a declaração de Bolsonaro só reforça seu caráter extremista e autoritário, com nítidos traços fascistas. Se o presidente pensa que vai nos amedrontar ou vencer pelo cansaço, está muito enganado. Seguiremos na luta, tanto na defesa dos valores democráticos quanto dos direitos do povo, como aposentadoria e educação.
Nossa tarefa agora é transformar todo nosso asco e desprezo a Bolsonaro em mobilização para os atos do próximo dia 13 de agosto, o tsunami em defesa da educação e da aposentadoria.
Ele quer nos ver acuados, mas, cedo ou tarde, vai tremer com a revolta do povo brasileiro.
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ingrid elke schumacher disse:
Quando pensamos ter chegado ao fundo do poço, eis que a criatividade do MAL mostra ser infinita. Até que dia teremos de sustentar quem nos massacra deliberadamente – e ainda encontra apoio ???