“Trabalhar para adoecer?” é o tema de debate com o professor e sociólogo Ricardo Antunes, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fará dia 30 de junho (terça-feira), com início às 10 horas, na Regional Campinas do Sindicato Químicos Unificados.
A defesa da saúde e da segurança no trabalho é uma das prioridades do Sindicato Químicos Unificados. E o professor Antunes é relevância mundial em temas relacionados ao trabalho.
Ele lança neste mês a edição comemorativa de 20 anos de seu já clássico “Adeus ao Trabalho?” e o terceiro volume da série “Riqueza e Miséria do Trabalho no Brasil”, organizada por ele, que reúne ensaios de pesquisadores brasileiros e internacionais.
A palestra/debate
* Data: 30 de junho
* Horário: Das 10h às 12 horas
* Local: Auditório da Regional Campinas do Sindicato Químicos Unificados
Programação
* 10 horas – Abertura
* 10h10 – Crime Shell/Basf: depoimento sobre o adoecimento coletivo de trabalhadores expostos ao risco ao longo dos anos
* 10h20 – “Trabalhar para adoecer?”
* Exposição pelo professor Ricardo Antunes
* Moderador: Roberto Ruiz, consultor médico do Químicos Unificados
* Debates e encerramento às 12 horas
Acaso não. Descaso!
O próprio judiciário brasileiro já se deu conta desta criminosa situação nos locais de trabalho. Em seu programa preventivo chamado Trabalho Seguro, faz a seguinte afirmação: “Acidente de Trabalho Acontece por Descaso, e não por Acaso”!
Siga este endereço para mais informações, inclusive vídeos, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o tema.
Tragédias anunciadas
E muito há a ser feito no campo saúde e segurança no trabalho, no Brasil e no mundo. Isto porque os acidentes de trabalho são previsíveis e, portanto, podem ser prevenidos e evitados. Assim, estes acidentes não são questões de desastre natural, sorte e azar, ou castigo divino. São cerca de dois milhões de vidas ceifadas a cada ano no mundo pelo trabalho.
2,3 milhões de mortes/ano no mundo
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, alertou para a situação inaceitável de 2,3 milhões de mortes por ano por acidentes e doenças do trabalho, e de 860 mil pessoas que sofrem algum tipo de ferimento todos os dias no mundo.
Segundo ele, os custos globais, diretos e indiretos, chegam a 2,8 trilhões de dólares, ou quase 7 trilhões de reais. Esta afirmação foi feita no 20º Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho 2014, em Frankfurt, na Alemanha.
Ryder afirmou que os números são maiores do que mortes em guerras. Disse que “acidentes ocupacionais representam, em primeiro lugar, tragédias humanas, mas as sociedades e as economias também pagam um preço alto.” Falou, ainda, “que um local de trabalho seguro e saudável é um direito humano básico e que deve ser respeitado em todos os níveis”.
O Brasil contribui significativamente para a estatística mundial com seus mais de 700 mil acidentes e adoecimentos em consequência do trabalho por ano – é o quarto colocado no ranking mundial. Mas o número real é muito maior, pois boa parte das empresas não emite a obrigatória Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Uma das medidas para alcançar a meta de eliminar acidentes graves e fatais é investir em prevenção, que se traduz em fiscalização preventiva e em campanhas de conscientização para trabalhadores e empregadores. Desta forma o país estará criando, para gerações futuras, uma cultura de prevenção capaz de reverter esse quadro.
O Brasil registra cerca de 700 mil acidentes e adoecimentos em consequência do trabalho por ano. Mas o número real é muito maior, pois boa parte das empresas não emite a obrigatória Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e, assim, com certeza o número é muito maior.
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