Ex-presidente da UDR é condenado a 34 anos de prisão no Paraná

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Alessandro Meneghel foi apresentado pela promotoria do julgamento como um homem impulsivo e com grande histórico policial.

Desde a última terça-feira (21) se desenrolou no Tribunal do Júri em Curitiba, Paraná, o julgamento do ruralista Alessandro Meneghel, acusado de ter matado o Policial Federal Alexandre Drummond, em 2012. A sessão terminou na madrugada desta quinta-feira (23).

O ruralista foi condenado a 34 anos e seis meses de reclusão pelo assassinato de Alexandre em frente a uma casa noturna de Cascavel, região Oeste do estado. Testemunhas contaram que o Policial Federal foi morto por vários disparos de arma de fogo.

A defesa de Meneghel se utilizou do argumento de que ele havia agido em legítima defesa, porém a câmera de segurança, que ficava em frente a boate, mostra os momentos dos disparos e desqualificou o álibi do réu.

Histórico de violência

Alessandro Meneghel foi apresentado pela promotoria do julgamento como um homem impulsivo e com grande histórico no setor policial.

Em 2006, ele liderou um grupo de fazendeiros para trancar a BR 277, onde integrantes do MST participavam de uma marcha. Ao final da ação, cerca de 10 trabalhadores ficaram feridos, inclusive o Keno, que foi agredido com pedaços de pau.

As lideranças do MST e da Via Campesina na região vinham sendo ameaçadas de morte constantemente. Em março de 2007, uma pessoa telefonou anonimamente (fato registrado em boletim de ocorrência) à secretaria do MST em Cascavel, afirmando que “era para eles, do movimento, tomarem cuidado, principalmente o Valmir Mota de Oliveira (Keno), porque a UDR (União Democrática Rualista) estava preparando uma armadilha”.

Em 2007, um grupo de ruralistas da região oeste do Paraná liderados por Alessandro Meneghel, criou o Movimento dos Produtores Rurais (MPR). De acordo com várias declarações à imprensa, o MPR teria o objetivo de articular e financiar milícias privadas contra os trabalhadores rurais Sem Terra e promover ações de despejo em áreas ocupadas pelos trabalhadores.

Em outubro, deste mesmo ano, na ocupação da Syngenta, um grupo de seguranças identificados como NF, invadiram a guarita da fazenda alvejando vários disparos de arma de fogo contra integrantes do MST, assassinando o trabalhador rural Valmir Mota de Oliveira, o Keno.

Fonte: Página do MST / Geani Paula e editado por Rafael Soriano

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