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Execuções em série na Grande SP

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Juninho, militante do Círculo Palmarino, diz que o tamanho da brutalidade de quem participou das chacinas em SP equivale ao tamanho do sentimento de impunidade.

A noite da última quinta-feira (13) ficará marcada para sempre na memória dos moradores de Osasco, Barueri e Itapevi: execuções em série, promovidas das 21h às 23h,num raio de apenas 7quilômetros, deixaram um saldo de 19 mortos e 7 feridos.

Juninho, militante do Círculo Palmarino, alerta para a tendência de a sociedade brasileira “naturalizar” as mortes que ocorrem nas periferias e sempre vincular as vítimas ao envolvimento com o tráfico de drogas ou crime organizado: “A cadeia da cultura de violência tem como pano de fundo as desigualdades econômicas e sociais e tem um alvo certeiro: os jovens, negros e periféricos”.

“É uma situação emblemática, consequência de uma estrutura de Estado que nega educação, nega saúde, nega saneamento e abre espaço para a violência. Não tenho dúvida de que o aumento da violência é consequência direta da ausência de condições de vida, por isso não podemos achar ‘natural’. O tamanho dessa brutalidade é o tamanho do sentimento de impunidade de quem fez essas ações. O Estado não pode declinar em investigar. Qualquer homicídio tem que ser investigado de forma contundente. Casos emblemáticos como esse, ainda mais”, afirma ele.

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Juninho, do Círculo Palmarino, alerta para a tendência de a sociedade “naturalizar” as mortes que ocorrem nas periferias e sempre vincular as vítimas ao envolvimento com o tráfico de drogas ou crime organizado.

Sem mais repressão

“Temos que exigir a investigação das autoridades para garantir a cidadania sem mais repressões. Estamos ouvindo que a Rota está sitiando as periferias. Não é isso que vai dar resposta. Reprimir esses bairros ou intensificar militarmente esses territórios não vai dar sensação de segurança para a população”, afirma o militante do Círculo Palmarino.

As características da chacina levam a uma ideia de que pode ter havido retaliação à morte de dois policiais. A hipótese já foi admitida pelo secretário de segurança pública de São Paulo.

“Quem agiu com essa brutalidade tinha a certeza da impunidade e isso está atrelado à naturalização da violência contra os mais pobres e negros do país”, reforça Juninho.

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