O isolamento social imposto pela pandemia de coronavírus deixou cerca de 2.300 trabalhadores ambulantes que atuam em Belo Horizonte sem renda. São camelôs, pipoqueiros, vendedores de cachorro-quente, baleiros, entre outros pequenos comerciantes que dependem da rua para sobreviver e devem ficar impedidos de trabalhar pelos próximos três meses.
O cenário é desenhado pelo Centro de Apoio ao Trabalho Ambulante – CATA, que mobilizou seus integrantes na manhã deste sábado (18) para a distribuição de cestas básicas e kits de higiene à categoria. A ação ocorre na Rua dos Tupis, 970, Centro da capital, das 8h às 12h.
Segundo o coordenador do CATA, André Luiz Altair, há mantimentos e produtos suficientes para beneficiar 140 pessoas até o momento. “Na cesta, vem alimentos básicos como arroz, feijão, macarrão e óleo. No kit de higiene, tem sabão, detergente, sabonete e água sanitária. É uma tentativa nossa de ajudar o trabalhador ambulante, que está muito difícil”, diz André Luiz Altair, coordenador do CATA.
O pipoqueiro Marcos Rodrigues dos Santos diz que está sem trabalhar há cerca de um mês. Sem alternativa para se manter, passou no galpão do CATA logo cedo para receber as doações. “Só isso aqui mesmo que vai me ajudar agora. Isso e esses R$ 600 que o governo está dando aí. Vamos ver se sai, né”, comenta o homem de 46 anos.
Os recursos para comprar os produtos doados na campanha estão sendo arrecadados por meio de um financiamento coletivo, lançado na plataforma vakinha virtual. De acordo com os organizadores, além dos ambulantes, o dinheiro captado será usado também para ajudar as famílias que vivem nas ocupações urbanas de Minas Gerais.
Outra modalidade de contribuição aceita é a doação de cestas básicas diretamente no CATA – na Rua dos Tupis, 970, Centro.
A campanha é uma iniciativa da CATA em parceria com as organizações Brigadas Populares e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
Fonte: Estado de Minas
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