Em uma clara ação antidemocrática, o governo Michel Temer reduz drasticamente, de 50 para 6, o número de integrantes do grupo de trabalho que discute a reforma da Previdência Social. O anúncio foi feito pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), nesta quarta-feira (29).
A redução, segundo o ministro, visa “garantir o entendimento após os impasses que ocorreram durante os debates”.
“Por que deixou de ser um grande grupo para um grupo menor? Ora, [com] 40, 50 pessoas discutindo, é muito mais difícil chegar a alguma conclusão do que [com] seis. Nós reduzimos o grupo a seis pessoas”, explicou Padilha, sem qualquer pudor em esconder a atitude autoritária que afetará a vida de 200 milhões de brasileiros.
Apesar da redução, o ministro disse que não tomará “iniciativas isoladas”. E acrescentou que “existem propostas diversas das apresentadas por centrais sindicais e empregadores, que não serão reveladas antes de ser formado um consenso”.
“Idade mínima [para aposentadoria] é controversa? É. Mulher deve ter o mesmo tratamento que o homem? É um tema que é controverso também. Levantei dois, rapidamente. Como se faz com quem já está no mercado? Como deve ser a transição? Os trabalhadores, as centrais sindicais, defendem uma tese, os empregadores defendem outra, mas o governo tem outra posição que ainda não expôs. O governo está se guardando para ver se consegue fazer uma coincidência de vontade entre aqueles que serão os beneficiários e os pagadores, seja ele empregador ou empregado”, disse Padilha.
Com informações Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo / Agencia-Brasil
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