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Entenda a Guerra Híbrida contra Cuba

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Neste 11 de julho foram registrados protestos em algumas localidades de Cuba, atos que ganharam repercussão exagerada na mídia corporativa dos EUA e da América Latina. Foram anunciados como protestos “espontâneos” contra o governo cubano, porém a realidade dos fatos revela um meticuloso plano de estabilização do país caribenho, tais como aconteceu em diversas outras nações não-alinhadas às ordens de Washington.

No dia 23 de junho, se votou pela 29a. a resolução que condena o bloqueio econômico à Cuba sustentado pelos Estados Unidos. Por mais uma vez, a maioria esmagadora do mundo – 184 países – se manifestaram contra o bloqueio. Diplomaticamente, os EUA estão isolados nesta questão, e mantêm o bloqueio de maneira unilateral.

O bloqueio é a principal arma política do imperialismo estadunidense e foi ela que deu origem às manifestações do último domingo. Aproveitando de um apagão elétrico, ocasionado pela falta de diesel nas termelétricas – uma vez que o bloqueio cria barreiras à Cuba para a aquisição de combustíveis no mercado internacional – grupos opositores financiados por Washington convocaram manifestações em 20 localidades do país por meio de propagandas nas redes sociais.

Por sua parte, os EUA, de maneira sincronizada, suspendeu os serviços consulares em Cuba, limitando a autorização de vistos temporários de cubanos e cubanas para viagem a este país. Uma parte da escalada de recrudescimento do bloqueio, no qual se ampliou as restrições ao acesso à insumos médicos e outros recursos necessários ao combate à pandemia.

Logo, o bloqueio é a arma e a pandemia é a oportunidade que os EUA pretendem explorar para produzir uma imagem de país colapsado e caótico, e induzir um levante social contra a Revolução Cubana, e em uma outra etapa, justificar a intervenção estrangeira.

Pretendendo causar uma “Revolução Colorida”, como as produzidas na Ucrânia, as agências do governo yanque financiaram indivíduos dissidentes e orientaram os mesmos a produzir ações de desordem, sabotagem e enfrentamento às autoridades do país, inclusive forças de segurança, contando com forte apoio midiático do exterior. O objetivo é produzir um movimento em cadeia, forjando a desestabilização do governo e das instituições.

Porém, a tentativa de golpe de 11 de julho fracassou, o Estado tem o controle e as instituições funcionam com normalidade. A própria cidadania cubana reagiu, tomando as ruas, evocando a soberania do país e os preceitos revolucionários. Em especial, o papel do bloqueio nas dificuldades econômicas e na escassez de itens necessários ao bem estar do povo cubano.

O governo cubano, diferente do anunciado pela mídia estrangeira, não tem incentivado os enfrentamentos e tem tomado medidas para garantir a paz, o diálogo com parcelas da população que tomaram partes nos atos.

A estratégia de guerra híbrida desenvolvida pelos EUA para desestabilizar governos soberanos pelo mundo agora chega à Cuba usando a situação pandêmica como oportunidade. É um recurso de uma potência em crise, que não consegue garantir sua liderança por meio diplomáticos ou qualquer outra forma admitida pela comunidade internacional. Aumentar a pressão sobre Cuba é, sobretudo, uma ação desesperada, uma vez que a base diplomática do bloqueio econômico não existe e a multipolaridade do poder geopolítico, garante a Cuba melhores e maiores possibilidades de contornar o embargo e avançar na sua Revolução.

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora, entidade filiada à Federação Sindical Mundial, apoia a Revolução Cubana, condena o bloqueio e a sabotagem contra Cuba. E declara, junto com a maioria da humanidade: Cuba não está só.

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