As mulheres correspondem a metade da população brasileira e a mais de 40% da força de trabalho. Além disso, 50% da população brasileira são negros e metade são mulheres. “Pensar nestas estatísticas ajuda a pensar como podemos interferir no processo político. Vemos o recrudescimento conservador em todas as esferas e precisamos nos organizar”, afimou Luka Franca, integrante da Marcha das Mulheres Negras, na plenária de abertura do 1° Encontro de Mulheres da Intersindical.
A reforma da Previdência que vem igualar tempo de serviço de mulheres e homens, segundo ela, ignora as duplas e triplas jornadas de trabalho das mulheres. “Esquece o trabalho doméstico que a gente faz cotidianamente. Esse problema não é só nosso, é também dos homens, porque quando há retirada de direitos, todos são prejudicados. Os terceirizados já estão sem direitos”, lembrou.
“Nós perdemos nossos filhos para o Estado democrático de direito, morremos no aborto não legalizado que é a quarta causa de morte no Brasil, não conseguimos falar e discutir no local de trabalho por causa do assédio moral e sexual”, destacou.
“Nós morremos a cada dia quando nossas reivindicações são colocadas como a cereja do bolo das reivindicações políticas, quando servem de moeda de troca para as políticas ‘gerais’ consideradas mais importantes”, destacou a militante paraense.
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