Os Servidores Municipais de Porto Alegre realizaram uma assembleia geral extraordinária na tarde desta quinta-feira (12) e deliberaram entrar em greve a partir do dia 15 de julho. Os trabalhadores do Legislativo Municipal também decidiram aderir à greve.
O estado de greve se deu por contra dos projetos de lei que tratam da Previdência Complementar (PLCE 07/18) e da carreira da categoria (PLCE 08/18), colocados em votação após manobra do prefeito Nelson Marchezan (PSDB-RS).
Nesta quarta-feira, dia 11, trabalhadores e trabalhadoras que servem ao município foram violentamente agredidos pelo Pelotão de Operações Especiais (POE), da Brigada Militar, na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Nelson Marchezan (PSDB-RS), após manobra na reunião do Colégio de Lideres, apresentou para votação os projetos, um deles que pode reduzir em 40% o salário dos servidores e outro que pode desmontar ainda mais os serviços públicos.
Apesar da votação repentina, o funcionalismo, em uma demonstração de unidade, conseguiu se dirigir à Câmara Municipal, onde apenas uma parte pode entrar. Enquanto isso, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (SIMPA) tentava negociar a entrada completa dos trabalhadores para acompanhar a votação, como é de direito.
No entanto, o que ocorreu na sequência é digna de uma cilada armada pelo Presidente da Câmara, Valter Nagelstein (PDMB-RS).
Os servidores municipais que estavam do lado de fora tiveram sua passagem liberada para, logo em seguida, já dentro da Câmara dos Vereadores, serem recebidos a pancadas pelo POE e Brigada Militar.
Bernadete Menezes, Coordenadora Geral licenciada da Assufrgs Sindicato e Direção Nacional da Intersindical, comentou o ocorrido em um vídeo divulgado em seu perfil no Facebook: “Neste vídeo vemos, ao final, claramente, UM POLICIAL, a mando de Marchezan e do Presidente da Câmara, QUEBRANDO OS QUADROS DOS VEREADORES! Um crime para tentar incriminar os municipários! Mas está filmado e será divulgado para o mundo como funciona a política do PSDB e PMDB nos bastidores!”
Texto: Alexandre Maciel / Assessoria de Comunicação da Intersindical
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