O Sindifort (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza) e a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora realizaram na quinta-feira (28) com o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e outros movimentos sociais que integram a Frente Povo sem Medo, ato e caminhada pelas ruas do centro de Fortaleza (CE), contra a reforma da Previdência e o ajuste fiscal. Com a chamada “Não causamos a crise e não pagaremos por ela”, os movimentos reafirmam lutas por políticas para a juventude e pela garantia dos direitos dos trabalhadores.
“Unificamos a pauta dos trabalhadores com a do MTST e os movimentos de moradias nos bairros”, explica Nascélia Silva, presidente do Sindifort.
Além do reajuste salarial para servidores e empregados públicos municipais, o ato exigiu concursos públicos e o fim da terceirização, a auditoria da Dívida Pública, moradia digna, apuração e punição dos culpados pela chacina ocorrida em Messejana, em novembro do ano passado, e políticas para a juventude.
A Prefeitura Municipal de Fortaleza (PMF) marcou uma audiência com representantes do Sindifort para discutir a pauta de reivindicações dos servidores e empregados públicos no próximo dia 15 de fevereiro para dar um posicionamento oficial sobre as reivindicações e se mostrou aberta às reivindicações da juventude.
Os manifestantes se concentraram na Praça da Faculdade de Direito da UFC, saíram em caminhada pelas ruas do Centro e neste momento se dirigem ao Paço Municipal.
Reivindicações dos servidores
Em campanha Salarial desde novembro de 2015, o funcionalismo municipal de Fortaleza tem data base em 1º de janeiro e o índice de reajuste reivindicado é de 19,46%, o que equivale a recuperar o poder de compra que os servidores e empregados públicos tinham em maio de 2008.
Conforme o estudo do economista e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Aécio Oliveira, “a inflação acumulada de maio de 2008 até dezembro de 2015 foi 64,66%, enquanto que os salários foram reajustados em 37,84%. Os salários dos servidores municipais de Fortaleza tiveram uma perda expressiva. Será necessário um reajuste de salários de 19,46%, a partir de 1º de janeiro de 2016, para recuperar o poder de compra de maio de 2008”. O indicador utilizado foi o Índice Nacional de Preços ao Consumir da Região Metropolitana de Fortaleza ( INPC-RMF).
Além do reajuste, uma das principais reivindicações dos servidores é que seja assegurado no Programa Habitacional da prefeitura um percentual das moradias construídas para os servidores que não possuem casa própria.
Fonte: O estado do Ceará
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