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O governo está acertando as contas com quem financiou o golpe. Não se trata de reformar a Previdência Social. Trata-se de destruir o sistema da Seguridade Social – que engloba a Previdência, Assistência Social e Saúde públicas – para transferir uma parte ainda maior do orçamento público ao sistema financeiro e incentivar a compra de planos privados.
Se a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/16 for aprovada nos próximos dias, o trabalhador brasileiro poderá se aposentar somente a partir dos 65 anos, com um valor abaixo do salário mínimo, e isso se comprovar 25 anos de contribuição ao INSS.
A PEC torna inatingível o direito à aposentadoria pública e deixa a classe trabalhadora sem qualquer proteção do Estado nas fases mais vulneráveis da vida, como doença, acidentes, desemprego e velhice. Condena os brasileiros a trabalhar até a morte. Extingue a aposentadoria por tempo de contribuição e as aposentadorias especiais (com exceção de militares e políticos), unifica regras para homens e mulheres, rurais e urbanos, sejam eles do setor público ou do privado.
A PEC 287 desmonta o sistema de proteção social para fazer o povo trabalhar por mais anos, com salários achatados, sem direito a férias, horas extras, 13°, FGTS, e aposentadoria em benefício dos grandes empresários.
Haverá uma redução drástica do valor dos benefícios previdenciários – inclusive das aposentadorias de quem hoje já está aposentado.
O governo Temer esconde os riscos de transferir tal atribuição a empresários que só têm um único objetivo: enriquecer. Não haverá garantia sobre o pagamento dos seguros e previdências privados em caso de falência das contratadas.
Sem contar que o pagamento das pensões públicas abaixo do salário mínimo, como propõe o governo, corrói a economia e compromete a manutenção da estabilidade social.
O governo golpista usa os meios de comunicação para alarmar sobre um suposto “rombo” na Previdência Social. Tudo para impedir que o povo vá às ruas e pressione deputados e senadores a votarem contra esse desmonte.
Silenciosamente, Michel Temer intensifica medidas que diminuem a arrecadação dos impostos que financiam a Seguridade Social, numa clara ação para enfraquecê-la de propósito para fins de privatização.
A propaganda do governo engana a sociedade ao mostrar parte do orçamento e dizer que existe déficit na Previdência. É mentira! Vamos às ruas resistir até o fim! Trabalhar até morrer, tô fora! Fora Temer! Fora golpistas!
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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