Os trabalhadores na Ford aprovaram o acordo de adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE) que prevê a redução de jornada de trabalho e de salário em 20% a partir de janeiro, sendo que o Fundo de Amparo ao Trabalhado (FAT), complementa a metade dessa redução. A duração do acordo será de seis meses, podendo ser prorrogado por mais seis.
Com a aprovação da adesão ao PPE, em assembleia realizada na última sexta (18), as 203 demissões anunciadas pela montadora foram canceladas e a greve chegou ao fim após 9 dias de mobilização.
A PLR, o INPC e o abono estão mantidos conforme o acordo. Os trabalhadores que estão em layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) continuarão e, no ano que vem, mais 150 trabalhadores entram em layoff.
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A Ford é a sétima empresa a aprovar o acordo de adesão ao PPE na base dos Metalúrgicos do ABC, assim como Rassini, Trefilação União, Mercedes, Volks e Ford, em São Bernardo; Pricol, antiga Melling, e Prensas Schuler, em Diadema.
As empresas demitem para chantagear os trabalhadores a aceitar redução de salário. A Ford, que é uma das maiores multinacionais do mundo, se aproveita do PPE para isso. Infelizmente, trata se da mesma prática da GM e outras empresas para impor sua política que traz prejuízos à classe trabalhadora brasileira.
Redução de salário, layoff e PDV compõem o arsenal das empresas contra os trabalhadores.
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