A cada 48 segundos acontece um acidente de trabalho no Brasil, atingindo cerca de 700 mil pessoas todos os anos. Muitas dessas vítimas carregarão sequelas para o resto de suas vidas. A cada 3h38 minutos, uma pessoa morre vítima de acidente de trabalho, ultrapassando 3 mil mortes anuais por conta da ganância patronal pra reduzir custos e aumentar o lucro do patrão.
O descaso das empresas com a vida e a saúde da classe trabalhadora mata e mutila toda uma geração e fica absolutamente invisível ao governo, à mídia, aos partidos políticos e à sociedade.
Essa realidade cruel e desumana não merece nenhuma atenção do sistema de justiça brasileiro. Os diversos casos de trabalhadores e trabalhadoras que recorrem ao judiciário buscando reparação ficam décadas a espera de uma resposta que nunca vem.
Sobre essa tragédia que vitima milhões de pessoas, não existe nada de efetivo por parte do TST, do STF, do Ministério do trabalho. Essa tragédia, que agride os princípios constitucionais da dignidade humana e da valorização social do trabalho, não merece nenhum segundo no Jornal Nacional.
“A classe trabalhadora precisa se organizar, inclusive pra disputar os espaços institucionais do executivo e legislativo. Se não forem os trabalhadores a enfrentar essa situação ninguém o fará. Nem mesmo a esquerda dedica atenção para o fato. As pautas que interessam a pequena burguesia formada nas melhores universidades públicas, infelizmente, estão muito distantes do eletricista que morre eletrocutado, do peão que perde as pernas na obra, da bancária que sofre com síndrome do pânico, da professora com síndrome de burnout, do trabalhador rural submetido ao sol que provocará o câncer de pele, do desossador que perde a mão nos frigoríficos”, lembra Edson Carneiro Indio, Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
O mês de abril é sintomático na luta pela saúde, inclusive no trabalho. Dia 07 de abril foi o dia Mundial da Saúde. Dia 28 será o dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Mortes no Trabalho. Essas datas devem servir para nossa reflexão e ação direta nas empresas, principalmente do setor privado, no campo e na cidade. Com a quebra da democracia no Brasil, precisamos exigir eleições livres para que o povo brasileiro possa debater e votar num projeto que enfrente as mazelas do trabalho precário, inseguro e mutilador. Exigimos trabalho digno, com direitos, proteção e garantias. Chega de morrer no trabalho. Chega de só encontrar emprego precário, informal, sem registro em carteira.
Trabalhar, sim. Adoecer ou morrer no trabalho, não!
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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