No Brasil, segundo o IPEA, são mortos anualmente mais de 60 mil pessoas pela violência. Uma maioria de 56% dos óbitos são de homens jovens (15-19 anos), sendo que um negro tem 2,5 vezes mais chance de ser morto do que um não negro.
Estes são alguns números que revelam o quadro de barbárie no qual estamos vivendo. A explicação está na desigualdade social e em fatores como:
1) crise econômica e ausência de perspectivas de trabalho formal para a juventude;
2) segregação social de comunidades de periferia e ausência de estruturas públicas de saúde, lazer, educação, cultura etc;
3) ausência de políticas públicas e reformas estruturais que rompam com o circuito da marginalização das comunidades periféricas;
4) manutenção de uma “justiça penal” dirigida para condenar e punir os pobres;
5) política falida de combate às drogas, que só beneficia o crime organizado, e aprisiona e mata jovens da periferia.
Assim, o Brasil se tornou o país onde a polícia mais mata e mais morre. Uma guerra na qual os vencedores estão fora da linha do tiro, mas lucram enquanto ela permanecer.
A violência e a insegurança não são outra coisa senão negócio. O tráfico de armas e drogas não existe sem o sistema financeiro e os mecanismos de lavagem de dinheiro. No entanto, não se vê operações militares nas sedes dos bancos.
A violência do Estado está apenas nas comunidades de periferia.
A segurança pública atual está estruturada na repressão direta e ostensiva, e não tem nenhum compromisso com a investigação e apuração dos casos.
Para se ter uma ideia, apenas 5% dos casos de homicídios são levados a julgamento no Brasil, enquanto isso há um aprisionamento em massa da juventude em decorrência de crimes relacionados ao tráfico de drogas e crimes contra o patrimônio, que representam cerca de 84% dos 726 mil dos encarcerados brasileiros.
A violência contra os de baixo e a insegurança ainda é espetacularizada nos programas de televisão, que acabam legitimando o genocídio dos mais pobres.
Temer, o presidente do golpe, foi o autor da intervenção militar no Rio de Janeiro, e até o momento, não apresentou nenhuma melhora no cenário da segurança no estado. Foi uma grande mentira, um espetáculo caro, brutal e midiático.
Por outro lado, seguimos sem respostas. Quem matou e quem mandou matar Marielle Franco?
O povo brasileiro tem direito à segurança pública e viver em paz. Por isso, nestas eleições, é preciso votar em candidatos que defendem MUDAR A POLÍTICA DE SEGURANÇA PÚBLICA, E COLOCAR O ESTADO PARA PROTEGER AS COMUNIDADES E NÃO TRATÁ-LAS COMO INIMIGAS.
Mais do que o voto consciente nas urnas, é preciso se engajar! Bote a mão na massa e construa candidaturas que defendem os mais pobres!
Para a Intersindical, a candidatura que melhor expressa os interesses da maioria do povo brasileiro é a candidatura de Guilherme Boulos e Sonia Guajajara, fruto da aliança de movimentos populares e partidos.
O momento exige participação ativo nos sindicatos, movimentos populares e partidos que defendam a classe trabalhadora e o povo brasileiro. Não deixe que a política seja dominada por aqueles que lucram com a violência!
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