Dia 08 de janeiro de 2023 ficou marcado na história do Brasil por uma tentativa de golpe promovida pelo bolsonarismo, o protofascismo brasileiro. A tentativa fracassou, mas a ameaça neofascista segue viva e organizada. A derrota eleitoral de Jair Bolsonaro precisa se traduzir nas ruas e nos parlamentos em uma derrota do bolsonarismo.
Medidas importantes dos programas sociais que Bolsonaro e Temer retiraram, estão de volta. Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa Minha Vida. Tornou injúria racial crime de racismo, retirou Correios e outras estatais da lista de privatizações e deu sinalizações para o importante debate ambiental e a relação com os povos originários, em especial atuou para reverter a tragédia que estava submetido o povo Yanomami, vítimas do garimpo ilegal e do desmonte bolsonarista e sua política devastação ambiental.
O governo Lula precisa avançar e melhorar a vida do povo brasileiro. Valorizar o salário mínimo com aumento real, acabar com a política de PPI – Preços de Paridade de Importação – na Petrobras e rever os processos de privatização de importantes refinarias que tiveram sua venda iniciada no governo Bolsonaro. O preço do gás e o combustível só diminuirão com essas políticas.
Acabar com a lógica de ajuste fiscal aplicada pelo teto de gastos, que se traduz em um teto de investimento sociais, revogar o “Novo” Ensino Médio, (apesar da suspensão do cronograma de aplicação do NEM) são lutas que precisamos vencer.
Lula fez importantes declarações criticando a política de juros e a “autonomia” do Banco central, mas precisamos avançar na retirada do presidente do Banco Central, Campos Neto. Só com a redução dos juros, a vida do povo pode voltar a melhorar.
Não há o que comemorar nesse “arcabouço fiscal” anunciado pelo ministério da economia. Seria algo “menos pior” que o teto de gastos? É. Mas segue a lógica de submeter os direitos sociais ao que é permitido pelo “mercado”.
Já a reforma trabalhista de Michel Temer que aprofundou a situação de precarização e aumentou o trabalho informal, não tivemos nenhuma sinalização concreta de reversão.
A derrota do Bolsonarismo se dará com mobilização, na disputa das instituições e sem anistia para os golpistas. Prender Bolsonaro, os empresários que financiaram e os militares que organizaram os atos golpistas são parte fundamental da luta para derrotar o Bolsonarismo. Sem anistia!
É vital para a classe trabalhadora brasileira que o governo Lula avance, que a esquerda recupere sua credibilidade com o povo brasileiro, que se combata a fome, a miséria e o desemprego. É preciso cumprir as promessas de campanha, dar consequência a política vitoriosa nas urnas e combater com vigor e firmeza o neofascismo. Com a política no posto de mando, organização e muita luta é possível avançarmos.
Só é possível derrotar o bolsonarismo com avanço real para o povo, que pressupõe mobilização e enfrentamento à elite financeira, taxação das grandes fortunas, aumento real do salário mínimo, retomada dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciário, distribuição de renda e um amplo investimento nos serviços públicos, investimentos em estrutura para geração de empregos. Apenas com a mudança real na vida do povo, vamos derrotar de vez o bolsonarismo.
José Pereira,
Secretario de Comunicação.
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