11/11 é Dia Nacional de Greves

Imagem: Comunicação da Intersindical
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11/11 – Dia Nacional de Greves começa forte em todo o País


Cruzar os braços, paralisar a produção e a circulação pra defender direitos sociais, o serviço público e a soberania nacional.

O movimento sindical comprometido com a classe trabalhadora prepara para o próximo 11 de novembro o Dia Nacional de Greves. As lutas e mobilizações do dia 11 serão fundamentais para a construção e organização da greve geral necessária para barrar a agenda golpista, que visa permitir a terceirização e precarização geral e irrestrita, desmontar os serviços públicos, acabar com o direito à aposentadoria e as leis trabalhistas e entregar o pré-sal e as riquezas do país para as multinacionais.

De norte a sul do Brasil, inúmeras categorias, de todos os ramos cruzarão os braços e sairão às ruas para protestar contra os retrocessos sociais que compõem a agenda golpista.

A juventude que ocupa escolas e universidades está dando um grande exemplo de luta. A classe trabalhadora não pode ficar inerte diante de tantos ataques.

Nenhuma organização da classe trabalhadora pode abdicar da luta neste dia 11. Não há mais o que esperar. Até para a continuidade do calendário unificado é necessário realizar fortes mobilizações e lutas neste dia 11.

Diante do julgamento prometido pelo STF para o próximo dia 09, que pode permitir a terceirização e precarização geral e irrestrita, a paralisação nacional no dia 11 se tornou ainda mais necessária.

A Intersindical Central da Classe Trabalhadora considera fundamental a construção efetiva e sincera da unidade entre as centrais sindicais e o conjunto dos movimentos sociais do país. E as mobilizações do dia 11 serão fundamentais para essa unidade e a construção da greve geral.

 Resolução da Direção Nacional da Intersindical

Construir a unidade e organização para a greve geral. Nenhum direito a menos. Fora Temer.

O governo ilegítimo de Michel Temer, instalado por meio de um golpe de Estado, e sua maioria no Congresso Nacional, aprofundam os ataques aos direitos sociais, à democracia e à soberania nacional. A ofensiva brutal da agenda golpista visa transferir ao grande capital rentista os recursos públicos, mais renda do trabalho e os recursos naturais, a partir do aprofundamento da exploração sobre a classe trabalhadora, do desmonte do serviço público, a drástica redução do papel social do Estado e a entrega das riquezas do país, como o pré-sal para as multinacionais.

A PEC 241 se configura como uma desconstituinte. Destrói as possibilidades de o Brasil garantir serviços públicos suficientes na saúde, educação e demais áreas sociais, além de por fim a fundamental política de valorização do salário mínimo. Temer congela os recursos para as políticas públicas para liberar mais dinheiro para o rentismo parasitário que suga o orçamento através dos juros e das amortizações da dívida pública.

As prometidas reformas da previdência e trabalhista, o projeto da terceirização, o amplo processo de privatização, entre outros projetos regressivos, demonstram que o grande capital e a direita, no Brasil e no centro do império norte-americano, aceleram os desdobramentos do golpe contra o povo brasileiro.

Além dos ataques aos direitos, está em curso uma escalada repressiva. A quebra da institucionalidade se apresenta de diversas maneiras. Ampliação do caráter seletivo da justiça, da repressão aos movimentos sociais, dos conflitos pela terra na cidade e no campo, reforma do ensino médio, censura e mordaça à educação são desdobramentos do Estado de exceção em curso.

De outra parte, o governo golpista revela que a promessa de retomada do crescimento econômico não passou de demagogia para usurpar o poder e aprofundar as políticas neoliberais, pois o desemprego se amplia, retorna o arrocho salarial e a redução do poder de compra dos salários, assim como o endividamento das famílias, o que reflete na deterioração das condições de vida da classe trabalhadora. A despeito disso, os setores conservadores, golpistas e neoliberais saíram fortalecidos do recente processo eleitoral.

Neste momento, as ocupações de escola pela juventude, bem como das Universidades e Institutos Federais apontam que a resistência social será ampla e radicalizada. Eis o caminho para barrar a agenda regressiva do golpe, nada podemos esperar de um Congresso formado em sua maioria por uma casta política privilegiada e anti-popular.  

A Frente Povo Sem Medo, em unidade com outros setores sociais, intensifica as mobilizações de rua. Diversas organizações se articulam para a construção de uma greve geral.  É fundamental a construção da unidade efetiva e sincera dos movimentos sociais, em particular das centrais sindicais, para barrar a agenda do golpe.        

Diante desse quadro, a Direção Nacional da Intersindical orienta as entidades, organizações e militantes que constroem nossa central a:

1- barrar a aprovação da PEC 241 na votação prevista para acontecer nos próximos dias. Para isso, devemos organizar a pressão sobre os deputados federais em Brasília e em suas bases, além de realizar massivas manifestações em todo o país;

2- construir a mobilização e realizar fortes paralisações dos locais de trabalho e de circulação nos dias 11 e 25 de novembro;

3- defender a realização de um grande Encontro da Classe Trabalhadora em defesa dos direitos e contra a agenda do golpe;

4- participar das atividades convocadas pela Frente Povo Sem Medo e fortalecer seus eixos de luta;

5- apoiar e estimular a luta das juventudes e toda iniciativa em defesa da educação, da saúde e dos direitos sociais;

6- envolvimento na campanha latino-americana de combate ao feminicídio conjuntamente com a Federação Sindical Mundial (FSM) a partir da construção de atos, greves e iniciativas de comunicação;

7- construir o encontro dos povos no campo no primeiro semestre de 2017 como um espaço de aglutinação das diversas experiências de resistência e produção e de aprofundamento do caráter da Intersindical em seu objetivo de organizar a classe trabalhadora de maneira ampla e nas suas mais diversas formas de organização.

São Paulo, 23 de Outubro de 2016.
Direção Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora

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MARISE
7 anos atrás

A IMPRENSA NÃO ESTÁ DIVULGANDO AS MOVIMENTAÇÕES CONTRA A PEC. SE FOSSE DIVULGADO ISSO, COM CERTEZA MUITAS PESSOAS SE UNIRIAM ÀS MANIFESTAÇÕES!!!NÃO ADIANTA SÓ GREVE E MANIFESTAÇÃO, EMBORA DEVAM OCORRER PARA INTEIRAR A POPULAÇÃO DO QUE ESTÁ ACONTECENDO. INFELIZMENTE ESSAS FERAS HUMANAS DO GOVERNO TEMER SÓ VÃO ENTENDER QUANDO FOREM SITIADOS!! GOVERNO E EMPRESARIO NENHUM ESTRANGEIRO VAI ACREDITAR QUE DURANTE 20 ANOS O BRASIL MANTERÁ A PEC!! HÁ O RISCO DE GUERRA CIVIL E QUAL EMPRESARIO E GOVERNO INVESTIRIA NUM PAIS DESSES?

Egídio Di Beo Neto
7 anos atrás

Em conjunto com outras medidas do governo temer, A PEC 241-55 promoverá, verdadeiro genocídio dos mais pobres e parte da “classe média”. Acelerará a concentração de riqueza e da propriedade, atingindo em cheio as pequenas e médias empresas. Favorecerá e muito tão somente o grande capital nacional e internacional. O Brasil precisa parar e gritar: nem um dia a mais para Temer, seu governo e seus aliados institucionais.

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