1º de maio de luta na Sé: trabalhadoras e trabalhadores reafirmam sua luta contra o PL 4330

Imagem: Alexandre Maciel
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_MG_3810Mais uma vez a INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora esteve na Praça da Sé marcando sua posição enquanto entidade classista, de esquerda e combativa neste Primeiro de Maio, Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Pela derrubada do Projeto de Lei 4330, contra a terceirização e em defesa dos direitos trabalhistas conquistados com muitas lutas, cerca de duas mil pessoas estiveram desde cedo no marco zero da cidade.

“Temos de batalhar junto a trabalhadores de todo mundo, nosso inimigo são as empresas que botam as garras em cima da gente. É com a união de todos os trabalhadores que vamos conseguir garantir nossos direitos e mudar a sociedade”, disse Nádia Gebara, dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco, Vinhedo e região.

 Nilza Pereira, diretora também dos Químicos Unificados e integrante da Executiva Nacional da Intersindical, lembrou que a ofensiva dos setores conservadores se ampliou neste último período. “As greves dos educadores do Paraná, assim como os de Goiânia e os de São Paulo, que tem sido totalmente ignorada pelo Governo do Estado e pela grande mídia, a redução da maioridade penal, os 17 PMs que foram presos no Paraná por se recusarem a agredir os professores. Precisamos lutar contra estes absurdos”, afirmou.

A luta contra o PL 4330, que ampliará a possibilidade de terceirização ao todos os setores do trabalho também foi tema debatido por Nilza: “não podemos abrir mão de outra luta fundamental para os trabalhadores, que é a lua contra a terceirização. O PL 4330 foi agora para o Senado e será anexado nesta casa ao PLS 87, que tem a mesma lógica do 4330. Tudo isso faz com que tenhamos de ter muita unidade na ação”, alertou.

Entre as colocações das entidades presentes o Coletivo de Galochas apresentou um trecho da peça Revolução das Galochas, que trata de um Brasil com uma relação de poder muito opressora aos trabalhadores, que começam a questionar a unidade entre o capital e o Estado, chamado de “esquema” na peça. Assim, estes trabalhadores começam a buscar formas de resistência ao “esquema” e se localizar nas lutas da sociedade.

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Após a Pça. Da Sé, todas e todos se dirigiram em passeata à Praça da República, também na região central de São Paulo, onde estão acampados os trabalhadores da educação estadual que estão enfrentando uma grande greve há cinquenta dias.

“Este ato é uma demonstração de força e este espaço é simbólico por conta da luta que os professores do estado de São Paulo, e do país inteiro, estão fazendo em defesa da escola pública. E nós, do Bloco de Oposição Educação, Movimento e Luta, estamos em um grande combate direto contra o governador Geraldo Alckmin, que não tem nenhum compromisso com a escola pública”, disse Sergio Cunha, educador e Direção Nacional da Intersindical.

Intersindical participa do 1º de Maio Unificado no Anhangabaú/SP

No Vale do Anhangabaú, o 1º de Maio a INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora participou da atividade juntamente com outras entidades como CUT, CTB, MST e MTST com pauta única em defesa dos interesses dos trabalhadores: contra  o PL 4330 (terceirização), as Medidas Provisórias 664 e 665, o Ajuste Fiscal proposto pelo Ministro da Fazenda (Joaquim Levy), o ataque da direita contra os direitos dos trabalhadores e o plano econômico imposto pelo governo Dilma.

Ricardo Saraiva, o “Big”, Presidente do Sindicato dos Bancário de Santos e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical, discursou juntamente com os coordenadores do MTST e MST, além dos presidentes das centrais CUT e CTB, representantes de partidos políticos e vários movimentos sociais e religiosos.

Big afirmou que este 1º de maio é de defesa dos direitos, dos interesses da maioria do povo brasileiro. Para a Intersindical, os trabalhadores devem rechaçar as saídas e as propostas que a direita quer dar para o Brasil. A direita brasileira, a Globo, os banqueiros, empresários e latifundiários querem mais lucros e mais desigualdade social.

Para a Intersindical, este 1º de maio é de combate à redução da maioridade penal. “Eles querem encarcerar os filhos da classe trabalhadora. A PEC 171 é a senzala do século XXI”, disse Big.

028“Também é preciso combater as MPs 664 e 665 que ferem direitos dos trabalhadores. O ajuste fiscal que deve ser feito é a taxação das grandes fortunas”, continuou. A política econômica de Levy, que representa os banqueiros, é o mesmo projeto da direita derrotado nas urnas.

“Devemos rechaçar o PL 4330”, alertou Big. “Este é o projeto da precarização, do desemprego e da barbárie, nós queremos o fim da terceirização e não a precarização do trabalho”.

O dirigente lembrou que o papel do movimento social é de fazer luta e mobilização em defesa dos direitos do povo. Não podemos permitir a criminalização dos movimentos sociais como vem acontecendo em São Paulo, no Pará e Paraná nas greves dos professores e metroviários.

É preciso construir a unidade da classe trabalhadora. A Intersindical defende a construção de uma grande greve geral contra a terceirização e as saídas que a direita quer para o Brasil.

“Quem deve pagar essa conta são os milionários que lucram bilhões no rentismo e na especulação financeira e não a classe trabalhadora”, disse. O 1º de Maio Popular e de Luta finalizou apontando para uma grande paralisação no Brasil dia 29 de maio e a construção de uma greve geral contra o PL 4330.

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