O jornalista Fred Linhares (pré- candidato a Deputado Federal por Brasília) é âncora de um programa de rádio na cidade de Brasília e possui grande alcance também nos municípios goianos que formam a região do entorno. Durante seu programa, de acordo com as informações oferecidas pela Secretária de Educação do município de Valparaíso, Rudilene Nobre, teria denunciado que servidores do município estavam fazendo uso indevido de atestados médicos para afastamento do trabalho no Município e que o mesmo não ocorria no Distrito Federal, suposto local em que os servidores municiais também trabalham. A partir destas suposições o pré-candidato a deputado federal pelo DF, passa a atacar toda a categoria dos servidores públicos fazendo grave acusações aos trabalhadores e trabalhadoras municipais em especial da Educação.
Tal comportamento que se reveste de claros traços de espetacularização da notícia e a divulgação de notícia falsa, desconsidera o momento epidemiológico pelo qual passa o país e em especial a falta de tratamento adequado para o enfrentamento da pandemia, em especial quanto ao caráter facultativo do uso de máscaras e a falta de instalações de trabalho adequadas a garantir o afastamento necessário para impedir a contaminação por covid-19. Aqui o negacionismo dá vasão para um comportamento contra as trabalhadoras e os trabalhadores da educação do município de Valparaiso de Goiás.
O pré-candidato na sua ofensiva contra as trabalhadoras e trabalhadores da educação sugeriu que os mesmos fossem demitidos e que se não quisessem trabalhar, que pedissem para sair. Em vários momentos, Fred lembrou que se formou na faculdade privada UniCEUB e que por lá, atestado a partir de 15 dias não era perdoado, dando a entender, que os servidores públicos municipais não poderiam ser perdoados. O profissional da imprensa tentou inúmeras vezes induzir a opinião pública a ficar contra os profissionais da educação de Valparaíso.
O fato é que Fred Linhares não conhece o chão de uma sala de aula. Não sabe a realidade de uma escola pública com salas lotadas sem condições de trabalho. Sem merendeiras suficientes, sem carteiras, sem porteiros e sem segurança. Exigimos respeito por parte desse senhor e uma retratação pública. Bem como que as autoridades municipais adotem medidas que preservem a saúde e condições adequadas de trabalho das servidoras e servidores do Município de Valparaíso de Goiás.
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora se solidariza com a categoria dos servidores públicos municipais de Valparaíso de Goiás.
Comentários