intersindical
Entrar
no grupo

Trabalhadores exigem a saída de Campos Neto do Banco Central

Imagem:
Comentar
Imprimir

Por uma política de juros mais baixos e por mais desenvolvimento para o Brasil

Nesta manhã (20), a Avenida Paulista, coração financeiro de São Paulo, foi palco de uma manifestação contra os juros altos e pela saída imediata do Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. A atividade foi convocada pela Intersindical e outras centrais sindicais, além de movimentos populares.

O ato foi uma resposta direta à política monetária do Banco Central, liderada por Campos Neto, que tem mantido a taxa Selic em 13,75% ao ano. Os trabalhadores argumentam que essa política de juros altos está estrangulando a economia brasileira e prejudicando a vida da população e das empresas.

Acha esse conteúdo importante? Entre em nosso grupo de WhatsApp

A alta taxa de juros do Brasil, a maior do mundo, tem sido apontada como um obstáculo ao crescimento econômico, à geração de empregos e como uma causa do aumento do endividamento das famílias brasileiras. Com juros mais altos, as contas a pagar ficam mais altas, impactando diretamente no orçamento do trabalhador brasileiro.

José Pereira, Direção do Sindicato dos Químicos Unificados e Secretário de Comunicação da Intersindical, entende que “esse ato aqui é extremamente importante para o Brasil. O projeto que está hoje, de juro altos no Brasil, não é o projeto que foi vencedor nas urnas. E para isso acabar somente com a saída do Campos Neto” [do BC].

Da mesma forma, Nilza Pereira, Secretária Geral da Intersindical, explicou que “o Campos Neto tá lá colocado pelo Bolsonaro, naquela votação da independência do Banco Central. Quando nós dissemos que, ter um Banco Central independente num país onde a justiça e o Governo tem de negociar o tempo inteiro com Parlamento e com os outros poderes para tentar governar, não ia dar certo. O certo é ter um Banco Central que seja ligado ao Governo Federal e ao programa eleito”.

Ela analisa que “naquele momento [2021] a burguesia, no processo de golpe do país estava vivendo, aprovou a independência do Banco Central e nós estamos vivendo agora a ‘pandemia’ do juros altos que esse senhor [Campos Neto] insiste manter.”

Quem lucra com a alta da Selic?

O sistema financeiro. Os cinco maiores bancos do país obtiveram lucro líquido de R$ 106,7 bilhões em 2022.

A pressão para a demissão imediata de Campos Neto tem aumentado a cada dia. Os trabalhadores entendem que a mudança de liderança no Banco Central é necessária para uma mudança de política monetária. A manifestação de hoje foi apenas o começo de uma série de ações planejadas pelos trabalhadores de diversas categorias.

Até mesmo a empresária Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração da rede de lojas Magazine Luiza, se manifestou contra a alta taxa de juros. Durante um encontro com Campos Neto, ela também pediu uma redução na taxa Selic, argumentando que a pequena e média empresa “não está aguentando mais”.

Imprima:
Receba novidades em seu e-mail. Sem spams.

Comentários

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    INTERSINDICAL Central da Classe Trabalhadora | 2014-2024. Sede Nacional: Rua Riachuelo, 122 - CEP: 01007-000 | Praça da Sé - São Paulo - SP | Fone: +55 11 3105-5510 | E-mail: [email protected] Sindicatos e movimentos sociais. Permitida a reprodução dos conteúdos do site, desde que citada a fonte. Esse site é protegido por reCAPTCHA. Políticas de Privacidade e Termos de Serviço se aplicam
    intersindical
    Pular para o conteúdo