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Greve dos professores da UEMA e UEMASUL completa 47 dias sem previsão de fim

Imagem: Comunicação da Intersindical
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A greve dos professores da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) completa 47 dias nesta quarta-feira (11). As principais reivindicações da categoria são:

  • Reajuste salarial de 50,28%, que reponha as perdas inflacionárias dos últimos anos;
  • Recomposição orçamentária das instituições, que foi reduzida em R$ 168 milhões no primeiro semestre de 2023;
  • Isonomia salarial entre efetivos e substitutos;
  • Retomada das obras paralisadas;
  • Melhoria das condições de trabalho, incluindo a aquisição de equipamentos e materiais de pesquisa.

Siney Ferraz, professor efetivo da UEMASUL e dirigente do Sintuema – Imperatriz do Maranhão, relata que a greve é uma luta pela valorização da educação pública no estado do Maranhão.

“A gente está reivindicando o reajuste salarial, que é um direito nosso, e também a recomposição orçamentária das universidades, que foram sucateadas pelo governo. A gente também está lutando contra a precarização do trabalho dos professores contratados, que não têm direito a um salário decente e a uma carreira estruturada”, afirma.

Negociações

O governo do Maranhão já se reuniu com a categoria para negociar, mas as partes ainda não chegaram a um acordo. O governo ofereceu um reajuste salarial de 15%, que foi recusado pelos professores.
A próxima reunião entre as partes está marcada para esta sexta-feira (13/10).

O futuro da greve

Ainda não há previsão de quando a greve terminará. As partes ainda estão em negociação e ainda não chegaram a um acordo.

Se o Governo não apresentar uma proposta que de fato contemple a comunidade universitária, a greve pode continuar e a consequência pode ser o cancelamento do semestre letivo e até mesmo o fechamento das universidades.

Segundo Ribamar Passos, Secretário de Relações Sindicais da Intersindical, “A greve dos professores da UEMA e UEMASUL é um movimento importante para a defesa da educação pública no Maranhão, são universidades estaduais, que proporcionam a integração regional, a capilarização do ensino superior em um estado com uma enorme dívida social com sua população”.

Em visita ao movimento em Imperatriz do Maranhão, Ribamar destaca que “os professores estão lutando por seus direitos, mas também estão lutando pelo direito dos estudantes de terem acesso a uma educação de qualidade e a mais e melhores bolsas, sem elas não há condição de permanência na universidade para a maioria dos alunos e alunas.” E ainda afirma que “O governo do Maranhão precisa rever sua posição e atender às reivindicações da categoria. A educação pública é um direito fundamental e um dever do estado, ser intransigente com quem defende um direito é o pior que um governante pode fazer.”

Ribamar ainda destaca que a Intersindical está do lado das categorias organizadas da universidade e afirma seu apoio ao SINTUEMA, Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Estadual do Maranhão, pela posição firme e coerente com que tem organizado e conduzido a greve.

11 de outubro de 2023

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