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‘Vamos colocar esse país na centralidade da classe trabalhadora’, disse Índio
Um grande ato encerrou a Greve Geral nacional da sexta-feira, 30 de junho, na avenida Paulista, símbolo do poder econômico em São Paulo, com cerca de 40 mil pessoas. “Vamos colocar esse país a serviço do povo brasileiro, recuperar a economia, a engenharia nacional, com políticas estruturais e de conteúdo local para reverter as posições e colocar o Brasil na centralidade da classe trabalhadora – que é quem produz essa riqueza. Aqui está a unidade do povo para resistir e projetar o futuro!”, discursou Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
“Nós estamos num momento muito importante da nossa luta. Fizemos uma grande greve geral no dia 28 de abril, grande marcha no dia 24 de maio e a paralisação de hoje já teve o sucesso de empurrar a votação que o Congresso queria fazer ainda nessa semana. Vamos parar esse país! “, avisou.
Índio se referia a tramitação da reforma trabalhista que na última quarta-feira por uma “tratorada” na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e foi considerada como votada em regime de urgência numa votação absurda em que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse ao fim de um dia exaustivo de debates, pouco antes da meia-noite: “os que concordam permaneçam como estão”. Os senadores presentes não entenderam nada e o presidente deu a votação em regime de urgência como aprovada.
Se aprovada em regime de urgência a proposta segue direto na frente de outras proposições para ser votada pelo plenário do Senado.
Após este verdadeiro golpe, o próprio Eunício Oliveira voltou atrás no dia seguinte e tentou colocar o regime de urgência em votação na quinta-feira (29). Mas por falta de quórum decidiu transferir a votação para o próximo dia 6 de julho.
“Não vamos aceitar o fim dos direitos trabalhistas, o fim da nossa aposentadoria, não vamos aceitar transformar os nossos empregos em bico, sem registro em carteira e sem direitos, o fim do 13°, das férias e dos direitos que nós conquistamos”, avisou Índio. “Nós vamos no amor ou na dor resistir, garantir direitos e defender a democracia no Brasil”.
O dia 30 foi marcado pela paralisação de diversas categorias, além das mobilizações em todos os estados. Ações como trancamento de avenidas, rodovias e ocupação de espaços públicas foram táticas utilizadas principalmente pelos movimentos sociais para protestar. A polícia também agiu com truculência contra os manifestantes, usando e abusando de detenções, balas de borracha e gás.
Josué Rocha, coordenador do MTST, deu o tom da resistência: “O grito hoje é de nenhum direito a menos, não vamos aceitar que façam essa reforma trabalhista infame e é o ‘Fora Temer’, não tem condição, ele nunca teve legitimidade. Esse golpista que quer arrancar os nossos direitos. Nossa luta vai continuar pelo’ Fora Temer’ ,pelas ‘Diretas Já’, contra as reformas e em especial nesse momento contra a reforma trabalhista!”.
Foto: Alexandre Maciel
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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