Dirigentes Sindicais e diversos Lutadores Sociais entregaram na noite desta segunda-feira (24) um manifesto de apoio ao candidato à Presidência da República, Guilherme Boulos. Dirigentes da Intersindical, dentre outras centrais e frentes sindicais assinam o manifesto que denuncia a ampliação do desemprego, a retirada dos direitos dos trabalhadores, o congelamento dos investimentos públicos e a desesperança da classe trabalhadora que o governo de Michel Temer aprofundou desde o golpe.
“A candidatura do companheiro Guilherme Boulos e da companheira Sonia Guajajara é a que mais tem identidade com a Intersindical, com as nossas lutas do dia a dia e as lutas que temos enfrentado no último período”, disse Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical.
Ele também lembrou que a Intersindical sempre esteve ao lado do MTST desde antes da conformação da Frente Povo Sem Medo, contra a agenda ultraliberal do governo golpista. “Essa candidatura tem expressado um programa com enfrentamento ao rentismo, enfrentamento ao sistema financeiro e aos privilégios do 1% que quer continuar se apropriando da riqueza produzida pela classe trabalhadora”.
Guilherme Boulos falou sobre o seu programa e esclareceu sua defesa às bandeiras históricas da classe trabalhadora, além da anulação das deformas tomadas pelo governo Temer: “O nosso programa mete o dedo na ferida, não temos medo de entrar nas polêmicas. Não tem meias palavras para a reforma trabalhista, por exemplo, é revogação de cima a baixo. Essa reforma foi feita contra os trabalhadores e precisa ser revogada. Um segundo compromisso nosso é com a política ousada de valorização do salário mínimo e retomar investimento público para a geração de renda nesse país”.
Boulos também lembrou da mobilização nacional contra Jair Bolsonaro e suas históricas declarações fascistas e de ofensa às mulheres brasileiras. “As mulheres vão fazer uma enorme mobilização no próximo sábado, dia 29”, disse ele, que também garantiu a convocação dos atos que acontecerão em todo o país por meio de suas redes e programa político.
Segundo Boulos, seu plano de governo propõe cortar os privilégios dos grandes sanguessugas do dinheiro públicos, como Juízes, que recebem 32 mil reais, além de auxílio moradia (4 mil) mesmo tento diversos imóveis em seu nome.
No entanto, Boulos esclarece que os trabalhadores mais precarizados do serviço público, que são a maioria, precisam ser valorizados: “é preciso separar o joio do trigo. Serviço Público tem de ser valorizado”, enfatizou.
Heloísa Pereira, diretora do SindSaúde-SC e Direção Nacional da Intersindical, enfatizou que está candidatura não é apenas do partido, por ser “a única candidatura que expressa de fato os interesses da classe trabalhadora no Brasil hoje”.
A Diretora do Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco e Região, e também da Direção Nacional, esclareceu que desde o início do ano o sindicato dos químicos já havia se colocado em apoiar uma candidatura que realmente representasse os anseios dos trabalhadores. “Já havíamos decidido que iriamos apoiar as candidatura que fosse capaz de falar para o jovem, para o sem terra e o sem teto, mas também para os trabalhadores de diversas categorias. E a gente encontrou isso no companheiro Guilherme Boulos.”
Ricardo Saraiva Big, Secretário Geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, e igualmente membro da Direção Nacional da Intersindical, comparou a candidatura de Boulos à disputa de ideias que acontece em Cuba: “Não terminaremos nossa campanha esse ano, nós precisamos continuar a fazer essa disputa de ideias e plantar a semente desta campanha”, disse.
Antes do início do ato dos dirigentes sindicais, ex-presos políticos e ativistas do período da Ditadura Militar no Brasil entregaram a Boulos uma carta compromisso para que se dê continuidade às buscas pela memória, verdade e justiça dos mortos e desaparecidos deste sombrio período.
Anivaldo Padilha solicitou, em nome da comissão, que, caso eleito, “fosse implementadas as recomendações da Comissão Nacional da Verdade”. Ele lembrou que as entre as recomendações estava justamente fazer uma reformulação em todos os setores que ainda tivessem resquícios da Ditadura Militar, ao contrário do que se ameaça termos novamente no país, representado na candidatura de Jair Bolsonaro.
Boulos recebeu o documento e esclareceu que “é um orgulho assinar este documento. Nossa candidatura se coloca de manira muito firme pela memória, verdade e justiça”. “A Comissão da Verdade foi um passo importante, mas não o suficiente, enquanto o Brasil não fechar essa ferida e não punir os crimes da Ditadura, isso continuará assombrando nosso presente e comprometendo nosso futuro”, disse.
Ainda dá tempo de assinar o manifesto Dirigentes Sindicais e Lutadores Sociais com Boulos e Sonia, clicando no link anterior ou na imagem abaixo.
Texto e fotos: Alexandre Maciel
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