Os trabalhadores e trabalhadoras da cozinha e da limpeza do município de Várzea Alegre/CE estão em greve desde o dia 15 de junho. Grande número de servidores aderiu ao movimento, afetando todos os setores da administração municipal. Esta já é a maior greve do município.
O movimento paredista foi deflagrado porque a prefeitura só paga meio salário mínimo para uma jornada de vinte horas semanais, o que dá uns míseros R$ 13,00 por dia. As leis brasileiras são bem claras: nenhum trabalhador pode receber nada menos que um salário mínimo, independente da jornada.
O Sindicato dos Servidores Públicos de Várzea Alegre (SSPMVA) cumpriu todas as exigências legais para a deflagração da greve e os/as trabalhadores/as grevistas têm realizado as maiores assembleias, com caminhada pelas ruas da cidade, uso da tribuna da Câmara, realização de panelaço e de ocupação da Prefeitura. Com isso, a greve ganhou publicidade, tornou-se o principal assunto da cidade, sendo notícia na mídia, inclusive na televisão.
E o que o prefeito (Vanderlei Freire/PSD) tem feito? Por um lado, ignora o movimento e não abre diálogo com os servidores e, por outro, mandou descontar os dias parados dos grevistas, contrariando uma decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) que determinou a reposição dos salários dos grevistas, já que a categoria garantiu o dobro do percentual requerido pelo município, ficando acordado perante o TRT 50% dos servidores na unidade de trabalho.
Todo o apoio aos/as trabalhadores/as de Várzea Alegre/CE.
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